
Mulheres transgênero não poderão disputar eventos internacionais de atletismo
O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) determinou que mulheres trans não poderão mais competir em categorias femininas em competições nacionais vinculadas ao órgão. A mudança foi feita de forma discreta, por meio de uma atualização na política de segurança dos atletas, mas já está em vigor desde 21 de julho.
A decisão segue a ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump no início do ano, que condiciona o repasse de verbas federais à exclusão de atletas transgênero de provas femininas. O USOPC, por sua vez, justificou a medida afirmando que, como entidade sob regulamentação federal, está obrigada a cumprir a nova diretriz do governo.
A mudança afeta diretamente cerca de 50 federações esportivas nos Estados Unidos, como as de natação, atletismo, esgrima e outras modalidades olímpicas e paralímpicas. Organizações esportivas já começaram a adaptar suas regras internas para se alinhar à nova política.
Polêmica
A exclusão de mulheres trans das competições femininas reacendeu um debate que tem dividido o mundo esportivo. Críticos apontam que a medida é baseada em pressões políticas e não em consenso científico. Entidades de direitos civis e grupos LGBTQIA+ condenaram a decisão, afirmando que ela marginaliza atletas e promove discriminação institucionalizada.
Por outro lado, defensores da nova regra argumentam que a mudança busca preservar a “integridade e justiça” das competições femininas, alegando que a participação de mulheres trans poderia comprometer a igualdade nas disputas esportivas.
Nos bastidores, a expectativa é de que o tema continue gerando polêmica. A decisão segue o movimento de outras entidades esportivas internacionais que também impuseram restrições similares nos últimos anos. Mas, nos Estados Unidos, o caso ganha contornos ainda mais complexos por envolver diretamente a influência política da Casa Branca sobre o esporte nacional.
(Com informações Agência Brasil)
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