O São Paulo recebe o Fluminense, no Morumbi certamente repleto, depois de seus três últimos bons resultados —empate contra o Bragantino, em Bragança, e vitórias sobre o Corinthians, no Morumbi, e sobre o Juventude, em Caxias do Sul.
Conformado com as ausências de Oscar e Lucas Moura, porque não adianta chorar sobre o leite derramado, Hernán Crespo botou o time com os pés e a bola no chão, muito mais seguro que o anterior, talvez porque Luis Zubeldia pusesse pilha demais em quem era incapaz de produzir o que ele exigia.
Realista e tranquilo, Crespo impõe outro tipo de liderança e colhe resultados para tirar a equipe do incômodo lugar que ocupava depois da esperada derrota para o Flamengo.
O clássico entre os dois tricolores tem para o Fluminense o desafio de evitar a quarta derrota seguida depois do quarto lugar na Copa do Mundo de Clubes, na volta desastrosa e desastrada para os cariocas, também porque só pegou ossos duros pela frente, embora sempre no Maracanã: Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras, simplesmente o líder, o vice-líder e o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro.
Cantado em prosa e verso no Mundial, eis aí Renato Gaúcho já ameaçado de crise caso faça a quadra negativa depois de perder seu principal jogador, o colombiano John Arias.
Já o líder Cruzeiro tem tudo para passar sem maior dificuldade pelo Ceará, no Mineirão outra vez lotado, e esperar por nova derrota do Atlético Mineiro, no Maracanã, embora contra o Flamengo que não lhe sai dos calcanhares com um ponto e um jogo a menos — mas não é hora ainda de torcer pelo rival nem mesmo se for para se distanciar na liderança.
Daí ser o clássico tricolor no Morumbi o jogo mais interessante deste domingo, aparentemente o de resultado menos previsível.
NENÉM NEY
O menino Neymar em vez de crescer e virar adulto, regride e vira bebê.
Depois de brigar com torcedores do CRB, do Mirassol e do próprio Santos, padeceu na Ilha do Retiro diante da torcida do Sport com máscaras da ex-namorada Bruna Marquezine e ainda viu seu time, para fugir do rebaixamento, quase ser vítima da primeira vitória do rubro-negro pernambucano.
Para quem não sabe lidar com a frustração, só chorando e fazendo malcriação.
Pior ainda é vê-lo participar com o pai de projeto de novo CT para o Santos na Praia Grande, à custa de desmatar 90 mil metros quadrados de Mata Atlântica, como revelou o repórter Rafael Custódio, da Agência Publica.
MIRA SÓ
Hora do colunista, que imaginou o Mirassol na parte de baixo da tábua de classificação, dar a mão à palmatória: o time é o maior destaque do campeonato, apesar do empate, em casa, com o Vitória.
E O TIMÃO?
No primeiro tempo contra o Botafogo, com time misto, o Corinthians não viu a bola, mas só tomou um gol.
No segundo, com as entradas de Matheusinho, Bidon, Memphis e Yuri Alberto o jogo mudou e chances houve para o empate, uma delas desperdiçada pelo retornado Yuri, mas Memphis tratou de empatar para fazer justiça.
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Folha de S.Paulo