Autor da autópsia de Maradona revela detalhes chocantes da morte

Em meio a uma  investigação do envolvimento de sete médicos no falecimento de Diego Armando Maradona, ocorrido em novembro de 2020, detalhes chocantes sobre a morte do lendário jogador foram revelados.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal argentino “Clarín”, o médico Carlos Mauricio Casinelli, responsável pela autópsia de Maradona, afirmou que o mesmo sofreu uma morte agonizante durante 12 horas, em uma sala escura, imprópria para a hospitalização domiciliar.

O profissional também exibiu várias fotos durante o julgamento, e pontuou detalhes do corpo do ex-jogador após o óbito, como seu coração estar pesando 503 gramas, e o acúmulo de 4,5 litros de fluídos em seus órgãos causado por um edema pulmonar agudo, resultado pela insuficiência cardíaca.

“Isso tudo era algo previsível, qualquer médico examinando um paciente perceberia isso”, disse Mauricio Casinelli ao juíz.

“A quantidade de água que havia em seu abdôme, suas pleuras e seu coração não era normal. Não é acumulada em apenas 24 horas, é algo formado durante diversos dias… Provavelmente foi formado em, pelo menos, 10 dias”, pontuou o responsável pela autópsia.

“Utilizando minha experiência em situações semelhantes, com sua dificuldade para respirar, a pressão presente nos pulmões seria audível para outras pessoas que se aproximassem de seu rosto. Na minha opinião, como um médico, não foi algo repentino”, falou Carlos.

Maradona faleceu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos de idade. Sua morte causou uma comoção geral na Argentina e no resto do mundo, com milhões de fãs em luto pelo acontecimento.

Relembre o caso

Em abril de 2023, quase três anos após a morte de  Maradona,  a Justiça da Argentina resolveu abrir um julgamento contra os profissionais que cuidaram do ex-jogador em seus momentos finais. Ao todo, sete profissionais estão sendo investigados. As sessões começaram no início deste mês.

O estado, através da Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro, afirma que a equipe ‘incorreu em ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte ora imputada’. A autópsia da morte revelou um ‘edema pulmonar agudo secundário à insuficiência cardíaca crônica exacerbada’.

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