Com um acordo encaminhado para assumir o comando da seleção brasileira, o técnico italiano Carlo Ancelotti, 65, mudou de ideia e não deve mais fechar acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
De acordo com os jornais AS e Marca, da Espanha, o atual treinador do Real Madrid tomou a decisão após receber uma oferta de trabalho na Arábia Saudita.
O clube com o qual o comandante deverá fechar não foi revelado, mas a proposta seria de 50 milhões de euros por ano (R$ 321,6 milhões na cotação atual). O montante é superior ao que CBF pretendia pagar ao italiano, no valor de 6 milhões de euros por ano (R$ 38,4 milhões).
De acordo com o jornal Marca, Ancelotti telefonou pessoalmente para Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade, para informar sua decisão e agradecer pelo convite.
Também pesava contra o desejo da confederação a impossibilidade de o treinador assumir o comando da seleção em junho, uma vez que o Real Madrid só estaria disposto a liberá-lo em agosto, depois da disputa do Mundial de Clubes da Fifa.
Ainda de acordo com a imprensa espanhola, embora tenha tomada a decisão de demitir Ancelotti após os fracassos nesta temporada, o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, passou a se recusar a pagar a multa rescisória do treinador depois de tomar ciência do acordo encaminhado entre ele e a CBF. O técnico tem contrato com o time espanhol até junho de 2026.
Essa foi a segunda vez que o italiano esteve perto de assumir o comando da equipe canarinho. No ano passado, ele também chegou a encaminhar um acordo com Ednaldo Rodrigues, mas voltou atrás e renovou o seu contrato com o Real Madrid. Na época, estava no auge, com campanhas brilhantes no Campeonato Espanhol e na Champions League —acabara por abocanhar as duas taças.
Diante da desistência de Carlo Ancelotti, Jorge Jesus, atualmente no Al Hilal, da Arábia Saudita, volta a ser o favorito para assumir a seleção brasileira. O português, que já comandou o Flamengo, já manifestou seu desejo de treinar a seleção diversas vezes.
Embora não tenha um currículo comparável ao de Ancelotti, o português levou o Benfica a duas finais da Liga Europa, o segundo maior torneio de clubes do continente, além de conquistar uma Libertadores e um campeonato brasileiro pelo Flamengo.
Folha de S.Paulo