Ancelotti é condenado por fraude fiscal, mas deve evitar prisão


Carlo Ancelotti foi condenado na Espanha por fraude fiscal
@rafaelribeirorio I CBF

Carlo Ancelotti foi condenado na Espanha por fraude fiscal

O treinador da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta terça-feira (9) pela Justiça da Espanha a um ano de prisão por fraude fiscal. A sentença foi proferida pela Audiência Provincial de Madri, que também determinou o pagamento de uma multa no valor de 386.361 euros (aproximadamente R$ 2,3 milhões).

Segundo o Ministério Público espanhol, Ancelotti teria deixado de declarar rendimentos relacionados a direitos de imagem em 2014, quando comandava o Real Madrid, ocultando parte dos valores por meio de empresas no exterior. Ele foi absolvido da acusação referente ao ano de 2015, inicialmente incluída no processo.

Apesar da condenação, Ancelotti não deverá cumprir pena de prisão, já que a legislação espanhola permite que penas inferiores a dois anos para réus primários sejam convertidas em medidas alternativas.

A sentença também determina que o técnico fique sem direito a benefícios fiscais por três anos.

Durante o julgamento, a defesa de Ancelotti argumentou que o técnico já havia regularizado a situação e quitado os débitos com a Receita espanhola em 2021. O treinador também afirmou que sempre seguiu as orientações de seus assessores financeiros e negou qualquer intenção de fraudar o fisco.

Histórico de casos semelhantes

Ancelotti se junta a uma lista de nomes do futebol que já enfrentaram problemas com a Justiça espanhola por questões fiscais. Outros casos de destaque incluem Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e José Mourinho, todos condenados por evasão de impostos em diferentes períodos.

Apesar do impacto na reputação, a condenação não deve interferir na permanência de Ancelotti à frente da seleção brasileira, cargo que assumiu oficialmente após deixar o Real Madrid. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se pronunciou sobre a decisão judicial.



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