Alejandro Domínguez foi reeleito presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) nesta quinta-feira (12), depois do 81º Congresso Ordinário da entidade, na cidade de Luque, nos arredores de Assunção.
“Com muita paixão, renovo o meu compromisso. Estou animado para seguir adiante com o trabalho que começamos”, expressou Domínguez.
O dirigente paraguaio é presidente da Conmebol desde 2016 e, com sua reeleição, continuará no cargo até 2029.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse em mensagem que Domínguez “fez um excelente trabalho à frente da Conmebol nos últimos anos e sua reeleição é merecida”
“O futebol unirá o mundo”, enfatizou Infantino.
Alejandro Domínguez assumiu a presidência da Conmebol após o caso “Fifagate”, o maior escândalo de corrupção no futebol, que levou à prisão de vários dirigentes de todo o mundo em 2015.
Desde então, entidade recuperou mais de US$ 130 milhões (cerca de R$ 720 milhões na cotação atual) desviados.
Polêmica sobre racismo
O paraguaio Alejandro Domínguez se envolveu em uma grande polêmica ao dizer, em março deste ano, que a Libertadores sem o Brasil seria como “Tarzan sem Chita”.
A declaração foi dada em entrevista a jornalistas após o sorteio da fase de grupos da Libertadores.
Domínguez pediu desculpas pelas declarações em nota publicada no início da tarde desta terça-feira (18) em suas redes sociais.
“A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém”, escreveu no X, antigo Twitter.
“Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol”, acrescentou.
O questionamento sobre eventual ausência das equipes brasileiras na competição veio após a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugerir que os clubes do país trocassem a Conmebol pela Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
Domínguez é filho de um dos principais nomes da liderança do futebol no Paraguai, Osvaldo Domínguez Dibb (ou “ODD”, como era conhecido), morto no ano passado aos 83 anos após uma carreira de décadas à frente do Olimpia, quando fez o clube se tornar internacionalmente conhecido. A família tem origem síria.
Na esteira do pai, os primeiros cargos que ocupou foram no Olimpia, onde foi membro da direção, presidente interino e vice. Por sete anos, Domínguez também foi vice-presidente da Associação Paraguaia do Futebol, da qual anos depois, de 2014 a 2016, foi presidente. Ele chegou à chefia da Conmebol em 2016 e ocupa o cargo há nove anos.
(Com reportagem local)
Folha de S.Paulo