Lionel Messi foi um dos destaques da partida
Com estilos contrastantes, uma abertura repleta de espetáculo e clima de decisão, Al Ahly e Inter Miami ficaram no empate por 0 a 0, neste sábado (14), no Hard Rock Stadium, em Miami, na estreia da nova edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.
Diante de um estádio animado, ainda que não estivesse cheio, foi possível ver holofotes voltados para Lionel Messi.
Apesar de um bom confronto, que contou com boas chances para ambos os lados, a partida terminou sem gols.
O Al Ahly foi superior na primeira etapa, desperdiçou um pênalti com Trezeguet e explorou com eficiência os contra-ataques, mesmo após perder Ashour lesionado. O grande destaque ficou para o goleiro Ustari, do Inter Miami.
Na volta do intervalo, o Inter Miami cresceu com Messi organizando o jogo, encurralou os egípcios nos minutos finais e só não saiu com a vitória por conta das defesas espetaculares de El Shenawy, protagonista do segundo tempo que garantiu o ponto para o time africano.
Primeiro tempo: Al Ahly domina o meio-campo, mas desperdiça pênalti
Com sete minutos de atraso, o jogo começou com o Al Ahly demonstrando personalidade ao propor as ações.
A equipe egípcia trocou passes com velocidade e protagonizou os primeiros ataques, em especial com Abou Ali e Emam Ashour.
Al Ahly e Inter Miami fizeram jogo equilibrado
Eman, camisa 22, principal nome do elenco, chegou a assustar a defesa americana em contra-ataques, mas sofreu lesão no ombro aos 6 minutos e precisou ser substituído por Zizo aos 13, sob forte comoção dos torcedores no estádio.
Mesmo sem seu principal jogador, o Al Ahly manteve o plano de jogo: compactação defensiva, intensidade nos duelos e transições rápidas.
O Inter Miami, mais presente no campo ofensivo na parte inicial do primeiro tempo, esbarrou na dificuldade em trocar passes sob pressão e sofreu nos contragolpes duros.
Lionel Messi teve liberdade para organizar jogadas pelo centro, mas encontrou dificuldades diante da marcação egípcia, que foi muito boa durante todo o primeiro tempo.
A melhor chance na primeira parte da partida foi desperdiçada por Trezeguet, aos 42 minutos, que apresentou bons lances durante a partida.
Ustari do Inter Miami foi o principal destaque do primeiro tempo
Após pênalti sofrido por Zizo, o meia teve a oportunidade de abrir o placar, mas parou em defesa de Ustari, que ainda salvou no rebote. O goleiro foi o maior destaque do primeiro tempo com 3 grandes lances defendidos.
Pouco depois, Messi buscou cruzamentos mais próximos da linha do fol, quase que olímpico, em dois escanteios seguidos, o último deles gerou em seguida com chance clara para Suárez, salva em cima da linha por Dari.
Com maior volume ofensivo e postura mais consistente, o Al Ahly saiu para o intervalo com sensação de superioridade, apesar do empate sem gols.
Já o Inter Miami, mesmo com lampejos de genialidade de Messi, terminou o primeiro tempo exposto e vulnerável nas transições defensivas, com uma fraqueza que machucou a equipe: marcar mal.
Segundo tempo: domínio americano, mas sem eficácia
O reinício da partida seguiu o tom desorganizado do primeiro tempo. Após um intervalo com atraso inexplicado, o Inter Miami promoveu mudança estratégica: Weigandt entrou no lugar de Avilés, que já tinha cartão amarelo. A alteração deslocou o novo jogador para a zaga, reforçando a linha defensiva da equipe da casa.
Com postura diferente, o Inter retornou mais compacto, intenso na marcação e ofensivo na proposta.
Logo no primeiro minuto, Messi conduziu três marcadores, acionou Suárez, que tocou para Segovia finalizar.
El Shenawy foi o destaque do segundo tempo pelo Al Ahly
A defesa egípcia bloqueou e cedeu escanteio. Na sequência, Allende aproveitou falha do Al Ahly e teve chance clara de abrir o placar, mas El Shenawy fez grande intervenção.
O goleiro egípcio, inconformado com o início sonolento do time, cobrou seus companheiros aos gritos. A pressão deu resultado momentâneo: Romdhane respondeu com chute perigoso defendido por Ustari, mas o controle do jogo já era do Inter.
Aos 56, Messi arriscou de fora da área após boa troca de passes com Suárez e Segovia, mas o goleiro do Al Ahly defendeu com segurança. O camisa 10 passou a centralizar as ações ofensivas, abrindo espaços e criando oportunidades.
Aos 58, atraiu a marcação e deixou Weigandt livre pela direita, em mais um ataque promissor da equipe da MLS.
Aos 63, Messi cobrou falta com perfeição e enganou parte do estádio, que chegou a comemorar o que parecia ser um gol. A bola bateu na rede pelo lado de fora.
O técnico José Riveiro realizou duas mudanças simultâneas aos 64 minutos. As alterações deram novo fôlego ao meio-campo egípcio, que conseguiu equilibrar as ações até os 75 minutos.
El Sharat, inclusive, protagonizou duas boas jogadas: a primeira parou em Ustari e a segunda, aos 76, foi cortada por um defensor americano antes de concluir.
Zizo, substituto de Ashour no primeiro tempo, deixou o campo aos 79 com dores na coxa.
O desgaste físico, especialmente do lado egípcio, ficou evidente nos minutos finais, reflexo do encerramento recente da temporada africana.
Apesar da queda na intensidade, o Inter Miami teve chance clara aos 84. Messi cruzou na medida para a cabeçada firme de Picault, mas El Shenawy executou a defesa mais importante da partida, salvando o empate com reflexo impressionante.
No último lance claro da partida, aos 50 do segundo tempo, Messi conseguiu chutar de fora da área, com ângulo limitado, e viu o goleiro do time do Egito fazer uma excelente defesa. Logo depois, o defensor ficou caído ao chão. Com isso, a partida ficou empatada sem gols.
Cerimônia de abertura
Abertura da Copa do Mundo de Clubes contou com shows e atos simbólicos
Com forte inspiração nas ligas esportivas norte-americanas, a cerimônia de abertura da nova Copa do Mundo de Clubes apresentou um espetáculo musical e visual no Hard Rock Stadium.
O evento começou com apresentações dos cantores latinos Rikina e Richaello, seguidos por French Montana e Swan Lee. Um coral, bailarinos e bateristas completaram o show que teve como tema “Uma Nova Era Começa”. A apresentação ainda contou com Robbie Williams.
Durante a performance, crianças carregaram carregaram os escudos dos 32 clubes participantes e comporam as letras “FIFA” no centro do gramado.
As entradas dos times seguiram o estilo da NBA, com jogadores anunciados individualmente pelo sistema de som do estádio. Lionel Messi foi o último a entrar e recebeu a maior ovação da noite, com o público entoando seu nome em uníssono.
Apesar da grandiosidade do evento, o estádio apresentava lacunas nas arquibancadas, mas esteve longe do esvaziamento previsto por analistas.
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