Abel Ferreira rebate Cuca e explica como Atlético-MG poderia ter eliminado o Palmeiras; confira

O Verdão chegou a ficar com dois jogadores a menos em relação ao rival, mas segurou o empate e levou a melhor nas cobranças de pênaltis

ALE VIANNA/W9 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOAbel Ferreira durante partida entre Palmeiras e Atlético-MG, pela Libertadores da América
Abel Ferreira durante partida entre Palmeiras e Atlético-MG, pela Libertadores da América

O Palmeiras conquistou uma classificação épica para a semifinal da Libertadores da América, na noite da última quarta-feira, 11, ao derrotar o Atlético-MG na disputa por pênaltis. O Verdão chegou a ficar com dois jogadores a menos que o rival por dez minutos, mas segurou o empate e levou a melhor nas cobranças de pênaltis graças ao perfeccionismo de seus batedores, além de uma defesa de Weverton – o goleiro pegou o chute de Rubens. Logo após o confronto, Cuca argumentou que o rival armou um “ferrolho defensivo”, dificultando a troca de passes do Galo. Abel Ferreira, no entanto, rebateu a versão do técnico adversário e deu uma “aula tática”, explicando o que o que o oponente deveria ter feito para superar a marcação palmeirense. “O Cuca é experiente, vai ver que tinha muita gente fora do nosso bloco, e tem que ter gente por dentro para atacar nossa linha. Tinha os pontas, os laterais, os zagueiros por trás, e poucos jogadores dentro do nosso bloco. Isto foi para nós foi mais fácil de controlar. Claro que com menos um, como atacar uma equipe com a qualidade que ele tem? É uma equipe até melhor do que a do ano passado. Ele quem disse. Quando rever o jogo, vai ver que nossa equipe foi muito competente, teve uma ou outra chance para aproveitar. Quando vi o adversário jogando só por fora, fizemos uma boa parede e acho que chegamos no fim com mais arremates que o adversário”, declarou.

O Palmeiras ficou com um jogador a menos aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Danilo deu uma entrada forte na panturrilha de Jair. Já aos aos 37 minutos da etapa complementar, Gustavo Scarpa também recebeu o cartão vermelho direto por carrinho forte no tornozelo de Jair. De acordo com Abel Ferreira, apenas a primeira decisão do árbitro foi correta. “A primeira expulsão é justa, conheço o Danilo, sei que ele não é agressivo e maldoso, mas é justo. O segundo, se olharmos o início o que aconteceu, há uma falta antes, eu até pensei que depois de apitar não poderia expulsar, mas me enganei. O Scarpa só faz o que faz porque tem um puxão. Mas o senhor árbitro manda, como ao acabar o jogo da forma que acabou. Estava muito chateado. Temos de ser competentes no que fazemos. Deu a expulsão, deixou organizar para bater e acabou. Eu disse ao quarto árbitro. Só criou a confusão por ele. Mas só tenho isso a dizer”, opinou o comandante palmeirense.

Na conversa com a imprensa, Abel Ferreira destacou a força mental do elenco alviverde, que mais uma vez superou uma situação de adversidade para avançar na Libertadores – o rival da semifinal sairá do duelo entre Estudiantes e Athletico-PR. “Sobre o lado mental, esta equipe acredita. Vem das mães e pais deles, é fruto dos pais e mães destes jogadores, que devem estar orgulhosos do que eles fazem. A crença e espírito de união tem muito a ver com eles. Minha cota é de 30%, já disse várias vezes. O resto são eles. Não corri, não me desgastei, estava quietinho, eles lutaram até o fim, foram ao fundo do espírito e capacidades coletivas”, comentou o treinador português, que também exaltou o apoio dos mais de 40 mil torcedores presentes no Allianz Parque. “Os torcedores, tal como eu, aprenderam a respeitar e admirar estes jogadores. Isto se mostra com o número (no estádio), mostra o respeito e admiração que eles conseguiram no trabalho e pelo espírito que veem dentro de campo e sentem. Quando os dois se juntam, é a torcida que canta e vibra, passa para os jogadores. A forma como eles jogam, passa para a torcida, que sente um respeito muito grande pelo que este time está fazendo e vai continuar a fazer”, acrescentou.



Fonte: Jovem Pan