O primeiro foi o São Paulo, que recebeu o Vitória no Morumbi com mais de 39 mil torcedores —para mostrar que os tricolores digeriram bem a eliminação na Copa do Brasil diante do Athletico Paranaense, com grave prejuízo causado por arbitragem danosa e cobranças patéticas de pênaltis.
O rubro-negro paranaense, da Série B, se aproveitou de jogar com 11 contra 10 desde o terceiro minuto do jogo na Baixada.
Já o rubro-negro baiano, candidato à Série B, sentiu na pele a reação são-paulina no Campeonato Brasileiro, quinta vitória consecutiva, sexto jogo sem derrota no sétimo sob o tranquilo comando de Hernán Crespo e com a volta de Lucas Moura, reforço importante, tomara permanente, para a reta final da temporada.
O triunfo por 2 a 0 conta pouco o tamanho da superioridade dos anfitriões.
O segundo foi o Flamengo, no Maracanã com mais de 64 mil torcedores, contra o Mirassol, para mostrar que também a Nação encaixou bem a queda nos pênaltis para o Atlético Mineiro, em noite espetacular do goleiro Éverson.
O rubro-negro carioca jogou bem, sofreu com a coragem e organização do time paulista, ganhou por 2 a 1, com direito a sustos e pressão no final da melhor surpresa em 2025 —prova de que este colunista queimou a língua ao prever que o time caçula da Série A teria vida curta na elite.
Samuel Lino é a cara e o sangue novos para manter o time da Gávea no topo do primeiro turno do Brasileiro.
E o terceiro foi aquele a que a torcida não deu a mão depois da eliminação pelo maior rival na Copa do Brasil.
Na casa verde gelada e com só 27 mil pessoas, a vitória sobre o Ceará era fundamental para botar água na fervura desproporcional provocada por coros e faixas com palavras mal-educadas, que mancham de marrom o relacionamento da torcida com o time e a direção alviverdes, além do inadmissível ataque terrorista ao CT na madrugada do domingo.
Mais que jogar bem, coisa que, de fato, o Palmeiras não faz neste ano de remontagem do elenco, vencer era preciso e o 2 a 1, de virada, veio a calhar por um pouco de paz.
PAIS ALVINEGROS
Havia tempo em que os pais —e os filhos, filhas e mães—corintianos não passavam seu dia tão felizes.
Eliminar o rival da Copa do Brasil acabou como a menor das alegrias: impedir a volta do meliante à presidência com 69% dos votos valeu mais, muito mais.
Triste é a constatação de que parece existir sempre 1/3 de brasileiros, seja onde for, nem aí para votar em milicianos ou laranjas de organizações criminosas.
AS MULHERES
Só as Brabas conseguiram vantagem decisiva nas quartas de final do Brasileirão ao vencerem, fora de casa, o Bahia por 2 a 1. Jogarão pelo empate na sexta-feira (15), no Pacaembu, às 21h.
O Flamengo também venceu, como mandante, o Palmeiras, por 3 a 2, mas terá de suar sangue para não cair em Barueri, no domingo (17), às 10h30.
No mesmo dia e hora, o Cruzeiro recepcionará o Bragantino, no Horto, com quem empatou sem gols na ida, no Canindé.
E o São Paulo receberá a Ferroviária no Morumbi, no sábado (16), às 16h, depois do 0 a 0 na Fonte Luminosa.
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Folha de S.Paulo
