Recomeçaram as copas.
A Libertadores como conquista máxima para um clube brasileiro.
A Sul-Americana como belo consolo para quem ficou fora do banquete, mas ainda tem um bom jantar para chamar de seu e valer lugar reservado na próxima comilança.
A Copa do Brasil é o almoço que, se bem aproveitado, também resulta em vaga para o banquete em 2026.
Quem está na Libertadores não deveria ter dúvida sobre que competição priorizar. Não é bem assim.
O Fortaleza, por exemplo, ao ficar no empate sem gols, em casa, com o Vélez Sarsfield, talvez deva dar as costas para o maior torneio do continente e concentrar esforços para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Não é o caso do São Paulo.
Ainda mais depois do bom presságio colhido em Medellín, quando trouxe um 0 a 0 depois de dois pênaltis perdidos, um deles graças a magnífica defesa de Rafael, mais duas bolas na trave e um sem-número de oportunidades desperdiçadas pelo Atlético Nacional.
Na terça-feira (19), no Morumbi, o tricolor precisa receber Cardona, o colombiano que perdeu um pênalti em cada tempo, com honras de chefe de Estado.
Botafogo, Flamengo e Palmeiras têm motivos para sonhar grande, e o Inter para arriscar-se na aventura.
Na Sul-Americana sobraram apenas dois brasileiros e o Fluminense começou muito bem ao voltar de Cáli com vitória por 2 a 1 sobre o América. É o caminho menos difícil que lhe resta para voltar à Libertadores, porque a Copa do Brasil é mais complicada, com o Bahia pela frente.
Ao Atlético Mineiro também a Sula parece como rota com melhores possibilidades que o mata-mata brasileiro, apesar de os embates contra o Cruzeiro nas quartas de final terem peso de Dérbi, Gre-Nal, El Clásico etc.
Finalmente, a Copa do Brasil.
Para o Flamengo, tanto não era prioridade que poupou contra o Atlético Mineiro e acabou eliminado, apesar da vitória no Terreirão do Galo durante os 90 minutos.
Não deveria ser também para o Palmeiras —e foi apenas porque calhou de o rival ser o Corinthians.
Já para o Corinthians, é só e tudo o que resta como chance de título neste 2025, agraciado no sorteio para jogar a partida de volta em Itaquera contra o único time da Série B que restou entre os oito classificados, o Athletico Paranaense.
Parecia que o vento tinha mudado a favor depois de vencer os Dérbis e dar um chute nos fundilhos do ex-presidente, réu por furto. Então perdeu Memphis e Carrillo e para o Juventude, na zona do rebaixamento.
A Fiel já viu esse filme no ano passado, quando, entre a Copa do Brasil e o Brasileirão, acabou eliminado nas semifinais num e teve de fazer arrancada surpreendente para fugir da queda noutro.
Agora, se passar pelo Furacão, terá ou Atlético Mineiro ou Cruzeiro nas semifinais —e a história poderá se repetir como tragédia. Barbas de molho.
O Botafogo está nas três frentes, com o bicampeonato brasileiro bem improvável, razão pela qual deve optar pelas copas, perfeitamente alcançáveis.
O foco do Vasco, seu adversário imediato, deve ser fugir do rebaixamento —e será necessário coragem para admitir.
E o Bahia?
Ora, o Bahia deve jogar tudo na conquista da Copa do Brasil, esquecer a do Nordeste e administrar para ficar no G4 do Brasileiro.
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