A final brasileira da Libertadores subiu no telhado – 25/10/2025 – Juca Kfouri


Tudo se encaminhava para mais uma final brasileira na Libertadores, pelo menos na cabeça de muitos de nós, brasileiros arrogantes que nos imaginamos os reis da cocada preta –também respaldados por passado recente, pelo menos na América, noves fora a seleção brasileira em busca de restabelecer o respeito perdido.

Flamengo e Palmeiras eram os favoritos para fazer a sétima final continental como coisa nossa, muito nossa.

A primeira foi entre São Paulo e Athletico Paranaense, em 2005, exatos 20 anos atrás.

Em 2006, Inter e São Paulo decidiram.

Pela taça de 2020, Palmeiras e Santos, decisão além de brasileira, paulista, para iniciar série de três anos, com Palmeiras e Flamengo e Flamengo e Athletico Paranaense.

Finalmente, no ano passado, Botafogo e Atlético Mineiro.

Voltemos.

Flamengo e Palmeiras eram os favoritos para decidir neste ano e não são mais.

O que não significa necessariamente que não venhamos a ter um brasileiro campeão, como acontece desde 2019, mas só pelo milagre da superação heroica este terá as cores verde e branca.

Porque o Palmeiras viveu uma noite desastrosa na altitude de Quito, no Equador, contra a LDU.

Reverter o 3 a 0 não é impossível porque nada é impossível no futebol, e 90 minutos, como afirma e reafirma Abel Ferreira, são tempo suficiente para o time virar.

Diria o Conselheiro Acácio que, se a LDU fez 3 a 0 em 47 minutos, na verdade em 31, o Palmeiras também pode. E pode até fazer 6 a 0, ou 7 a 1 (esquece…).

Mas é aquilo de sempre, uma coisa é golear naturalmente. Outra é precisar fazer três gols, e Stephen Curry não joga no Palmeiras, nem futebol, onde não existe gol que vale três.

Daí a sinuca em que o alviverde se colocou ao mais parecer o Corinthians em Libertadores na terrível noite no estádio Casa Blanca.

Na casa verde será preciso fazer jornada perfeita, fria, mas quentíssima, contra adversário que olha para rivais brasileiros como se fossem equatorianos —e ganha deles.

E tem o Flamengo.

Dizer que é favorito no El Cilindro contra o sedento Racing seria mais uma demonstração de arrogância que fica para os arrogantes.

Por outro lado, conceder favoritismo aos argentinos seria vira-latismo, porque o rubro-negro está ganhando por 1 a 0 e é melhor que o oponente.

Também era contra o Estudiantes e sofreu barbaridades, na bola, para sair de La Plata semifinalista.

Que tenha aprendido a lição e esteja preparado para, sem Pedro, saber explorar a necessidade argentina de descontar a desvantagem de um time que estará também desfalcado do leão Santiago Sosa.

Pedro fraturou o braço, e Sosa, o maxilar.

Mais de 50 mil hinchas enlouquecidos lotarão o estádio e farão mais pressão que os mais de 70 mil no Maracanã pelo simples fato de a arquitetura em Avellaneda ser mais intimidadora que a do novo Maracanã.

O Pacheco que assina a coluna torce, cético, pela final nacional e ficará frustrado se for entre argentinos e equatorianos.

Se for entre cariocas e paulistas, torcerá pelo que o estado em que nasceu preferir…

Viva a NBA

A NBA esta de volta em ritmo enlouquecido: na primeira noite, com dois jogos, um foi para duas prorrogações.

Na terceira, com mais dois jogos, ambos foram, um também com outras duas prorrogações.

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Folha de S.Paulo