‘Pai Herói’ estreia no Globoplay: Relembre novela de Janete Clair com Tony Ramos | TV e Séries


A novela clássica “Pai herói”, exibida originalmente em 1979, estreia nesta segunda-feira (27) no Globoplay. Escrita por Janete Clair, a obra tinha Tony Ramos como um homem em busca de conhecer a verdade sobre a vida do pai, interpretado por Lima Duarte.

Para aqueles que têm saudade da trama, ou quem está curioso para ver pela primeira vez, o g1 relembra a história e apresenta curiosidades sobre a produção com dados do Memória Globo (leia mais ao fim da reportagem).

Em “Pai herói”, Ramos interpreta André, que cresceu acreditando na versão de que seu pai era um grande homem.

Pai Herói: André conversa com o avô sobre o pai

Pai Herói: André conversa com o avô sobre o pai

Após a morte do avô (também vivido por Duarte), que o criou, o protagonista vai ao Rio de Janeiro para entender melhor a morte do pai, onde descobre que ele era conhecido como bandido, bicheiro e traficante.

André também desconfia de que o homem que se casou com sua mãe, Gilda (Maria Fernanda), era o principal responsável pelo desaparecimento do seu pai.

O padrasto, Bruno Baldaracci (Paulo Autran), se torna seu antagonista na trama. André, então, tenta provar a todo custo que seu pai foi um herói e não um bandido, como todos acreditam.

Pai Herói: André jura limpar o nome do pai

Pai Herói: André jura limpar o nome do pai

No Rio, ele também forma um trio amoroso com as personagens de Elizabeth Savala, uma bailarina de uma família tradicional, e de Glória Menezes, moradora do subúrbio carioca e dona de uma casa de samba, a Flor de Lys.

“Eu trabalhei um pouco minha memória afetiva. Fazendo ‘Pai Herói’, eu falei: ‘esse camarada é criado pelo avô, que era o Lima Duarte, numa participação especial no primeiro capítulo. Ele cresceu sem a imagem do pai e sabe que a imagem do pai foi deturpada. Ele quer limpar essa imagem, e a música do Fábio Júnior tinha tudo a ver, aquela música da novela'”, afirmou Ramos ao Memória Globo.

“‘Pai Herói’ foi um sucesso de audiência: 90% dos ligados estavam em ‘Pai Herói’.”

Perto do final da trama, o assassinato de um dos personagens principais gerou muita especulação sobre quem seria o autor, mas Clair decidiu inovar e deixou a resposta em aberto.

Após a exibição do último capítulo, a escritora esclareceu, em entrevista à imprensa, que o único que teria coragem de matar a vítima era o vilão, Baldaracci.

Elizabeth Savala em ‘Pai Herói’ — Foto: Nelson Di Rago/Globo

  • Algumas cenas da novela foram gravadas em Bariloche, na Argentina. Por causa da repressão que caracterizou o regime militar no país, a equipe de produção teve dificuldades para encontrar uma espingarda, utilizada na gravação de uma cena;
  • Para interpretar a bailarina Carina Brandão, Elizabeth Savala emagreceu e chegou a pesar 48 kg. A atriz teve aulas com a professora Eugênia Feodorova para aprender os principais passos de dança clássica;
  • Em 1958, a Rádio Nacional apresentou a história de “Pai Herói” com o título de “Um Estranho na Terra de Ninguém”;
  • A trama teve que ser atualizada às pressas por Janete Clair no final da década de 1970: ‘Pai Herói’ substituiu a história que Lauro César Muniz estava escrevendo, na época, depois que ele precisou se afastar por problemas de saúde;

Tony Ramos e Glória Menezes em ‘Pai Herói’ — Foto: Acervo Globo

  • O vilão Bruno Baldaracci, interpretado por Paulo Autran, conquistou a simpatia do público, apesar das maldades do personagem. “Pai Herói” marcou a estreia do ator em novelas, assim como de Jorge Fernando, que viveu o Cirilo Baldaracci, e de Regina Maria Dourado;
  • O vilão César Reis foi o primeiro personagem de Carlos Zara na Globo;
  • Algumas personalidades fizeram participações especiais para animar a casa de samba Flor de Lys, como Elza Soares, Nelson Gonçalves e Ângela Maria;
  • Em 1983, Lélia Abramo e Elizabeth Savala repetiram a dobradinha como avó e neta interpretando Mamma Vittoria e Bruna na novela “Pão Pão, Beijo Beijo”, de Walther Negrão;
  • O título provisório da novela era “André de La Mancha”; depois, passou a ser “André Cajarana”, até chegar ao definitivo “Pai Herói”;
  • A novela foi vendida para Argentina, Estados Unidos, Itália, Panamá e Portugal, entre outros países.

Manfredo Colassanti, Jorge Fernando, Paulo Autran, Rejane Marques e Maria Fernanda em ‘Pai Herói’ — Foto: Nelson Di Rago/Globo



Fonte: Pop & Arte