‘O Clone’ de volta: Juca de Oliveira relembra experiências em laboratório e apoio de cientistas para falar de clonagem | Pop & Arte


Exibida originalmente em 2001, “O Clone” contou a história de amor de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício). Ela também mostrou traços da cultura mulçumana e discutiu a relação de clonagem em humanos e a dependência química. Em outubro de 2020, a novela ficou disponível no Globoplay.

Juca de Oliveira deu vida ao audacioso Dr. Albieri, responsável pela clonagem de Lucas (Murilo Benício). Em entrevista divulgada pela assessoria da novela, ele relembra como as experiências em laboratórios e as constantes conversas com cientistas conferiram a seriedade e confiabilidade que o assunto demandava.

“O maior desafio foi o contato com vários cientistas que nos assessoravam. É impossível desenvolver a criação de uma personagem como o cientista Albieri sem se envolver emocionalmente. A ovelha Dolly, o primeiro mamífero a ser clonado na Escócia, ainda estava viva quando gravávamos o nosso O Clone. Acreditávamos que ela e outros clones humanos aprimorariam a nossa vida social. Não sofreríamos mais. Clones de entes queridos voltariam para a nossa alegria e felicidade… Não aconteceu.”

“O nosso ‘O Clone’ foi um extraordinário sucesso, mas a clonagem humana não resultou como esperávamos.

Murilo Benício como Léo e como Lucas em ‘O Clone’ (2001) — Foto: João Miguel Júnior/Globo

O ator classifica a novela de Glória Perez como “uma obra prima” e diz que sua lembrança mais viva daquela época era como tudo que envolvia a produção era audacioso.

A principal lembrança eram exatamente os bastidores da novela. Nunca tinha me envolvido num trabalho com participantes tão solidários. Nos tornamos uma família, um grupo de amigos empenhados no sucesso de todos. Nossa viagem ao Marrocos também foi um acontecimento que ficou marcado para sempre em minha memória”, conta.

Depoimento - Juca de Oliveira: "O Clone" (2001)

Depoimento – Juca de Oliveira: “O Clone” (2001)

“O momento mais emocionante e terrível foi quando, no laboratório de clonagem, tive o primeiro contato com Diogo vivo! Albieri usa as células de Lucas na formação do embrião e o insere em Deusa (atriz Adriana Lessa), como se fosse uma inseminação artificial. E de repente o embrião está vivo! Lucas ressuscitou! Era o milagre da clonagem humana!”

Dar vida a Albieri fez com que os fãs levassem o ator “mais a sério”, segundo sua avaliação. Além disso, o público ainda lembra com carinho do personagem quando o vê. “É um das meus trabalhos mais comentados pelo público espectador. Sempre que falam da minha carreira ao longo de mais de sessenta anos lá está, com destaque, ‘O Clone’.”

O ator conta que vai assistir à reprise feliz, mas também com olhar crítico à sua atuação na época.

Murilo Benício e Giovanna Antonelli em ‘O Clone’ (2001) — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo

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Fonte: Pop & Arte