Consumo de carne suína bate recorde no Brasil e anima indústria


O consumo de carne suína no primeiro semestre de 2022 bateu um recorde histórico no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram consumidos, em média, 18 kg per capita entre janeiro e junho deste ano. A quantidade representa quase um quilo a mais do que o registrado no mesmo período de 2021 (16,9 kg).

De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o crescimento tem sido gradual nos últimos anos. A Alegra, indústria de derivados de carne suína integrante da Unium, que atua na região dos Campos Gerais, no Paraná, registrou em 2021 faturamento de R$ 1 bilhão, 20% a mais que no ano anterior.

“Existe um aumento no consumo de carne de porco por conta da situação econômica do país. Hoje, ela tem a melhor relação custo-benefício, comparando com aves e bovinos. A introdução da proteína suína nos lares brasileiros está na casa dos 90% e há bastante espaço para crescer”, analisa.

Luiz Otavio Morelli, gerente comercial da Alegra.

Reflexo nos abates 

Nos meses de abril, maio e junho deste ano foram registrados 14 milhões de abates, número histórico. Desde 1997 o IBGE não computava um volume tão alto em um só trimestre.  Para um comparativo, a ABPA aponta que em 2010 foram abatidas 3,237 milhões de toneladas de suínos no país, número que saltou para 4,701 milhões de toneladas em 2021.

“Nos últimos anos, a indústria vem mudando sua relação com o mercado interno. O suíno deixou de ser apenas matéria-prima ou pauta de exportação e começou a agregar valor e buscar atender às necessidades do mercado. Temos, atualmente, um produto mais adequado àquilo que o consumidor espera”, completa Morelli.

Expectativas para 2022 

Historicamente, os últimos meses do ano são positivos para o mercado da carne suína no Brasil, impulsionados pelas festas de fim de ano. Em 2022, esses eventos vão ganhar a companhia de outra data que deve movimentar ainda mais o setor: a Copa do Mundo do Catar, realizada pela primeira vez entre novembro e dezembro, um pouco antes do início do verão no hemisfério sul.

Um estudo da consultoria Meta apontou que 56% dos entrevistados devem realizar ou participar de churrascos durante os jogos, fator que tem tudo para impactar o mercado de proteína animal no Brasil no período.

“Nesse cenário, a carne suína figura como uma opção competitiva e saborosa para as reuniões familiares e com amigos, com opções como linguiça, costelinha, pernil e picanha, entre outros itens que são alternativas excelentes para o consumidor”, finaliza Morelli.

Fonte: PaiPee