As origens da comemoração do Dia dos Pais

O Brasil reverencia os pais no segundo domingo do mês de agosto, mas a comemoração varia na grande maioria dos países do planeta. Informalmente, os pais costumavam ser celebrados no dia de São Joaquim, pais da virgem Maria, em 16 de agosto, aqui no Brasil. Mas a partir de 1953, convencionou-se a que a festa acontecesse em data variável.

Mas não pense que tudo começou no século XX… Na antiga Babilônia, cerca de 4 mil anos atrás, um jovem de nome Elmesu esculpiu em argila uma espécie de cartão rudimentar, onde desejava saúde, felicidade e prosperidade ao seu genitor. É o registro mais antigo que se conhece sobre a data festiva.

Da mesma maneira que aconteceu com o dia dos namorados, o dia dos pais foi “escolhido” por um publicitário, que tinha a intenção de atrair anúncios para o jornal e a rádio Globo. Isso confirma a tendência de unir a homenagem sincera dos filhos a seus pais com o viés marquetológico e consumista. E deu certo!

Em Portugal, os pais são parabenizados no dia 19 de março, dia de São José. Já nos Estados Unidos, Inglaterra e uma quantidade enorme de países, a data é comemorada no terceiro domingo do mês de junho, geralmente na época das nossas festas juninas. Por causa disso houve esta necessidade de adequação dos festejos por aqui.

Na terra do Tio Sam, tudo começou quando uma filha orgulhosa dos feitos de seu pai – um viúvo, pai de 6 filhos, veterano da guerra civil estadunidense – começou a homenageá-lo, com a ajuda de amigos e vizinhos, ainda em 1909. A partir de 1953, o presidente dos Estados Unidos oficializou as comemorações.

No Brasil, em tempos de pandemia, os festejos aconteceram de maneira reservada. Pais idosos ficaram afastados de seus filhos, os viram apenas através de chamadas de vídeo. Infelizmente, não houve grandes festas em celebração aos patriarcas, com a presença de 3, 4 gerações. Mas ficou combinado de que elas acontecerão em 2021 e vão valer por duas!

Dia dos pais em 2020, no Brasil

Papai biológico de primeira viagem – ele já era o orgulhoso genitor de duas lindas crianças adotadas, o garoto Bless e a simpática menina Titi – o ator Bruno Gagliasso posou para a capa da revista Ela, do jornal O Globo, com seus três rebentos, inclusive o bebê Zyan, de apenas 1 mês.

Membro de uma família multirracial, Gagliasso foi exaltado por sua esposa, a também atriz Giovana Ewbank, que revelou ter sido informada por ele sobre o desejo da paternidade logo no começo do namoro. Ele foi descrito como “presente, dedicado e amoroso” por ela.

Outra família famosa que revelou ao mundo sua intimidade familiar neste momento foi Thammy Miranda. Filho trans da cantora Gretchen, o artista mostrou o bebê que teve com a esposa Andressa Ferreira numa campanha publicitária que fez barulho. Houve manifestações de preconceito, mas a maioria das pessoas acabou encantada pelos lindos olhos azuis de Bento.

Famosos ou anônimos, todos encontraram uma maneira de festejar suas famílias, sejam elas convencionais ou não. Não esqueceram nem mesmo as mães que criaram seus filhos sozinhas, exercendo o papel de mãe e de pai, ao mesmo tempo.

O mais importante é o que sentem uns pelos outros, os rótulos não servem para nada. Essa é a diferença crucial que separa a parte comercial da festa da verdadeira. Há famílias de todas as etnias, configurações e condições sociais. Há avós que exerceram o papel de mãe e pai de inúmeras crianças e elas também devem ser homenageadas. Celebre-se o amor!