A capacidade de pensar para se expressar de forma complexa e argumentativa é parte extremamente relevante do processo civilizatório. Conforme o avanço no entendimento de sociedade, como conceito, levando em consideração as diversidades que apresenta, tornou-se ainda mais presente o discurso do “politicamente correto”. Este se trata, basicamente, de uma “autocensura” para evitar marginalizar, ofender ou até mesmo cometer crimes durante uma fala. Entretanto, uma nova pesquisa revela que o “politicamente correto” pode levar à fadiga mental.
Para saber mais sobre a hipótese acerca da existência dessa correlação, confira o artigo na íntegra!
Leia mais: Dismorfia de produtividade: o que significa e como lidar?
O politicamente correto e a necessidade para com a sociedade
São inegáveis, ao analisar, os avanços da sociedade para com o denominado “politicamente correto”, especialmente ao levarmos em conta a importância da tecnologia e das redes sociais para a civilização atual. De uma maneira ou de outra, o alto impacto gerado pelas redes sociais foi substancial para possibilitar que mais pessoas empregassem ainda mais cuidado em suas falas e suas consequências.
O medo gerado pela imensa repercussão que um vídeo online pode causar, por exemplo, motivou muitas pessoas a serem politicamente corretas em suas falas. Entretanto, por outro lado, é necessário considerar aquelas pessoas que, por respeito às diferenças existentes no meio social, optam pelo politicamente correto por considerarem ser o certo a fazer.
Porém, principalmente em relação ao primeiro grupo mencionado, é possível identificar um alto esforço mental para não cometer nenhum crime ou erro durante suas falas. Nesses casos, foi possível constatar que o “politicamente correto”, se excessivo, pode levar a uma exaustão cognitiva.
Por que isso acontece?
Essa mudança de comportamento em relação à fala reflete um nível de sensibilidade, ou tolerância, com os outros, assim como um esforço maior para entender as diferenças de opinião e pontos de vista.
Em vista disso, esse automonitoramento excessivo acaba exigindo um autocontrole que pode provocar esgotamento. Ainda mais, se levado em consideração o medo do “cancelamento on-line”.
Porém, é preciso que o comportamento do “politicamente correto” seja estimulado, mesmo que leve a uma fadiga mental inicialmente. Somente dessa forma conseguiremos avançar, de forma respeitosa, como sociedade.
Fonte: Fonte: R7
