O prato que melhor traduz uma refeição tipicamente brasileira é composto por arroz e feijão. A presença desses dois ingredientes revela que na base da alimentação nacional estão os vegetais ricos em carboidratos, proteínas, vitaminas, fibras e minerais.
Enquanto o uso de diferentes tipos de arroz ainda é pequeno nos preparos cotidianos, a versatilidade e a diversidade de feijões circulam com fluidez nas cozinhas de Norte a Sul do país. Entre os feijões mais consumidos, estão o carioca, branco, verde, fradinho, rajado e preto.
Recentemente, um novo tipo busca um lugar cativo na mesa dos brasileiros: o feijão-de-porco.
Bom no campo e no prato
Pessoas que tiveram ou possuem contato com lavouras e a vida rural certamente conhecem o feijão-de-porco como um plantio no manejo de biomassa durante a rotação de culturas e, também, como uma alternativa biológica no controle da tiririca.
A novidade que veio à tona recentemente é que, além de servir como adubo e herbicida natural, o feijão-de-porco pode ser consumido por humanos. Assim, entra na categoria das Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANCs) e se torna um alimento rico em proteínas, ferro, fósforo, cálcio e potássio.
Modo de preparo
Com grãos graúdos e brancos, o feijão-de-porco exige que fique de molho por 72 horas. Esse cuidado no preparo serve para deixá-lo próprio para consumo, uma vez que a imersão em água se torna fundamental para eliminar toxinas e antinutrientes presentes no alimento.
Após as 72 horas de molho, o feijão pode ser cozido normalmente. O tempo de cozimento necessário é, em média, de uma hora na pressão. Nesse sentido, o uso da panela de pressão elétrica ajuda a economizar tempo e gás de cozinha. Após atingir o ponto ideal, pode ser servido em pratos como caldos, salada, tutu e bolinhos.
Benefícios para a saúde e para o bolso
Apesar da necessidade de ficar de molho para eliminar toxinas, o feijão-de-porco funciona como um verdadeiro aliado para o bem-estar do organismo, em razão da grande quantidade de minerais. A alta concentração de cálcio, fósforo, ferro e potássio ajuda a manter a imunidade, controlar o trato gastrointestinal e prevenir o desenvolvimento de anemias.
Além do mais, como se trata de um tipo de grão ainda pouco requisitado no mercado, o preço do kg costuma ser mais acessível, sobretudo quando em comparação aos tradicionais, como o do tipo carioca. Todas essas vantagens fazem valer a pena experimentar novas versões de pratos, agora com esse feijão.
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- Fonte: Redação Plantão
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