Estudante conta como voluntariado a levou a estudar em Stanford – Notícias



No dia em que é comemorado o Dia internacional do Voluntariado, neste sábado (5), a jovem Lara Franciulli, 20 anos, conta como a atuação em uma ONG (Organização Não-Governamental) abriu portas para o curso de Ciências da Computação na Stanford University nos Estados Unidos.


“A participação em voluntariado e projetos sociais são algumas das atividades extracurriculares fundamentais e que são levadas em consideração durante a avaliação e aprovação nas universidades estrangeiras”, observa Lara.


“Meus pais são fundadores de uma ONG na zona norte de São Paulo que atua com crianças e jovens de áreas carentes da região e desde pequena eu já estava inserida nesse contexto”, diz. “Eu adorava estar com as crianças e ajudá-las de alguma forma e com o tempo fui adquirindo maturidade e mais responsabilidades dentro da organização.”



“Eu sempre gostei de explorar oportunidades e o contato com os jovens carentes me fez perceber que existia um problema: eles tinham dificuldade de acesso às informações”, conta. Lara tomou a iniciativa de criar o projeto “Juntos Somos Um”, e passou a organizar passeios e atividades culturais para as crianças da ONG. “Percebi que era o momento delas ocuparem os espaços na cidade, de levar aquela turminha até às informações e colocá-las em contato palestras, música, teatro, atividades de lazer e esportes”, explica.


“Tudo que fazemos para o mundo, volta de alguma forma pra gente. O que eu fiz e faço é compartilhar e multiplicar o que um dia eu aprendi com o próximo”, diz. E essa experiência de voluntariado contou pontos para o ingresso em Standford, uma das mais importantes universidades dos Estados Unidos. 


“Durante o ensino médio, eu participei da OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática), conquistei medalhas em campeonatos nacionais e internacionais e também pude atuar em projetos de empresas multinacionais”, complementa a jovem estudante.


Atividades extracurriculares


Rafael Bento, gerente da Crimson Education Brasil destaca que as atividades extracurriculares realizadas pelos estudantes possuem caráter avaliativo nas instituições estrangeiras. “Nos processos seletivos nos Estados Unidos, eles querem conhecer o aluno, saber de qual forma ele aproveitará todas as oportunidades oferecidas pela universidade”, explica.


Ainda de acordo com Bento, dentro do contexto dos critérios de avaliação pelas instituições de ensino, as atividades extracurriculares, como voluntariado, desenvolvimento de projetos e pesquisas, demonstram como o estudante foi atrás dos interesses e paixões fora do âmbito natural escolar. “É importante elevar o seu potencial ao máximo por meio dos seus interesses e habilidades”, explica.


Ele dá 10 dicas para quem busca uma vaga em uma unversidade estrangeira:


1. Planeje – Pense à frente: analise onde você está e aonde quer chegar e trace um plano. Inicie a preparação para o futuro o quanto antes.


2. Faça o que gosta – Não adianta se envolver em algo que não te dê prazer. Identifique suas áreas de interesse, desde atividades sociais, esportivas, musicais, artísticas, científicas ou culturais.


3. Lidere – Ocupe posições de liderança, mostre protagonismo na atividade.


4. Crie – Crie algo, pense fora da caixinha e demonstre criatividade e veia empreendedora.


5. Dê o seu melhor – Procure os melhores resultados independentemente da área de atuação. Conquiste posições e galgue cargos e vitórias.


6. Esteja genuinamente engajado – Não há um número mínimo de horas dedicadas às atividades extracurriculares, mas as universidades valorizam quando há comprometimento, paixão e interesse real.


7. Evolua – Tenha em mente o desenvolvimento e a evolução dos seus projetos.


8. Não esqueça os estudos – O conhecimento acadêmico também é extremamente importante, então valorize o aprendizado e preze por boas notas.


9. Organize o tempo – Otimize seu tempo entre o colégio, as atividades e o descanso. Planeje a rotina e os fins de semana. Pode ser desafiador, mas você consegue.


10. Faça a diferença – Quanto maior o impacto atingido em determinado ambiente, bairro, cidade, estado ou país, maior a relevância e, consequentemente, os benefícios à sociedade.



*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder



Fonte: Fonte: R7