Neste domingo (10), alunos fizeram 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza. Professores ouvidos pelo g1 afirmam que a prova do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estava dentro do padrão esperado: não foi mais difícil do que as edições anteriores, mas exigiu concentração e deve se dar bem quem estudou aquilo que já é regularmente cobrado no exame.
Abaixo, veja em detalhes a avaliação dos professores:
🌳Ciências da Natureza
Para Joyce Sousa, especialista em avaliações do SAS, o bloco de ciências da natureza teve nível de dificuldade de fácil para médio. “Com uma boa gestão de tempo o aluno foi capaz de fazer a prova com tranquilidade”, avalia Joyce.
“Como um todo, a prova contou com a quantidade de textos que considero ok, nada que chame a atenção. Textos adequados, trazendo informações necessárias para a resolução ou contextualização. Havia bastante espaço para cálculos, mal foi preciso usar a folha de rascunho. Muitos recursos de imagem para facilitar a leitura e não identifiquei muitas questões difíceis”, afirma Joyce Sousa.
Biologia
“Prova foi acessível e bem estruturada, sem questões polêmicas ou que poderiam gerar contestação”, afirma Hilton Ramalho, professor de biologia, do Colégio e Curso AZ.
“A prova foi de nível médio, com questões curtas e objetivas, nenhum tema polêmico, e que trouxesse problemas sociais muito gritantes. E biologia conversou pouco com outras disciplinas. Foram questões bem conceituais, quem sabia conseguia resolver”, afirma Fábio José Machado, professor de biologia do Cursinho da Poli.
Física
“Em relação aos temas, foi uma prova esperada. Nível de dificuldade médio”, afirma Emerson Junior, professor de fisica do Cursinho da Poli.
“Prova equilibrada, com a maioria das questões entre nível fácil e médio. Não houve temas novos ou inesperados, além da análise vetorial de velocidade. Duas questões consideradas difíceis, mas a maioria estava dentro do esperado e acessível para os estudantes. A prova manteve um padrão sem surpresas, exceto pela questão envolvendo vetores, que trouxe um nível um pouco maior de análise e cálculo” afirma Vinicius Pessanha, professor de física do Colégio e Curso AZ.
Química
“Prova foi de nível médio, mas incluiu tanto questões fáceis quanto difíceis. Algumas questões exigiam uma boa capacidade de interpretação e compreensão de gráficos, além do conhecimento teórico de química, para que o aluno pudesse analisar dados e informações corretamente”, afirma o professor Lucas, do Cursinho da Poli.
A professora Isabelly Sette, do Elite Rede de Ensino, avalia que a prova também foi mediana e que caíram assuntos “costumeiramente cobrados pela banca como estequiometria, soluções e métodos de separação de misturas e funções orgânicas”.
“Outro tópico relevante é a interdisciplinaridade de questões de química e biologia, sendo necessário que o aluno soubesse em qual órgão ou tipo de tecido ocorreria tal fenômeno descrito no enunciado. A prova como de costume também trouxe questões que dialogam com temas ambientais como a utilização fontes energéticas variadas como placas solares, utilização de biogás e células microbianas”, completa.
🔢Matemática
Segundo avaliação da maioria dos professores ouvidos pelo g1, a prova seguiu o padrão do exame: foi equilibrada, com um nível de dificuldade que deve favorecer os alunos que têm domínio sobre temas básicos e intermediários.
“Aluno que estudou baseado em provas antigas deve ter se dado muito bem, não tinha nada muito diferente do que o Enem já cobrou”, Thiago Galrao, do Colégio e Curso AZ.
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Para Joyce Sousa, especialista em avaliações do SAS, a questão mais difícil é uma de probabilidade que pedia para ele calcular a probabilidade envolvendo a situação problema de tempo no trânsito. “Não se diferenciou muito do observado nos últimos anos. Aluno que se preparou respondendo provas dos Enem anteriores com certeza estava preparado para a prova. No âmbito geral, foi uma prova com textos com tamanho padrão, não houve destaque para quantidade de textos muito longos”, avalia Joyce Sousa, especialista em avaliações do SAS.
Para Sérgio Ghiu, autor do Colégio e Sistema pH, a prova de matemática do Enem 2024 seguiu um padrão equilibrado, com um nível de dificuldade que deve favorecer os alunos que mantêm domínio sobre temas básicos e intermediários.
A distribuição dos conteúdos, ainda que equilibrada, incluiu questões que exigiram análise mais criteriosa, como o gráfico da função exponencial. Em síntese, foi uma prova abrangente, cobrindo temas essenciais com clareza, mas sem trazer grandes surpresas, beneficiando os estudantes bem-preparados em conteúdos fundamentais e intermediários”, avalia Sérgio.
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