Crianças australianas com asma terão mochilas que detectam poluição do ar

A Universidade Deakin está liderando o estudo Breathe Melbourne, que conta com a participação de mais de 300 estudantes e uma dúzia de professores de seis escolas para monitorar a poluição do ar no interior oeste de Melbourne, que apresenta níveis mais altos de poluição atmosférica do que outras áreas da cidade, devido a seu passado industrial, alto volume de veículos movidos a diesel e proximidade com o Porto de Melbourne.

A área tem uma maior prevalência de internações e apresentação de asma em crianças do que outras partes da Austrália, o que torna o estudo ainda mais importante, pois o projeto visa esclarecer o real problema da poluição e ajudar os formuladores de políticas a lidar melhor com essa questão, além de ajudar no gerenciamento dos sintomas das pessoas asmáticas.

Para isso, a Universidade Deakin fez uma parceria com o governo estadual e a Dyson para fornecer mochilas de controle da qualidade do ar para os alunos de seis escolas primárias, que servem como sensores portáteis de ar, medindo partículas finas, dióxido de nitrogênio, fumaça de cigarro, dióxido de enxofre, compostos orgânicos e dióxido de carbono. Os resultados serão analisados pelos pesquisadores da Deakin, que conversarão com os alunos sobre como a qualidade do ar que respiram pode ser melhorada.

Foto: Theage

O projeto visa capacitar as crianças como cientistas da qualidade do ar, alimentando sua curiosidade científica, melhorando a compreensão da poluição do ar e levando a mudanças de comportamento e políticas governamentais para reduzir a exposição à poluição do ar.

Os resultados do estudo devem ser publicados ainda este ano e se somarão ao monitoramento existente da qualidade do ar da Autoridade de Proteção Ambiental para gerar insights, conselhos de saúde e tomada de decisões.

As mochilas foram originalmente desenvolvidas pela Dyson para um projeto semelhante no Reino Unido, que resultou em mais de 30% de um grupo de crianças decidindo mudar a maneira como se deslocavam para reduzir sua exposição à poluição do ar.

Fonte: Fonte: R7