O YouTube anunciou nesta quinta-feira (7) que canais que publicarem vídeos com desinformação sobre as eleições americanas serão penalizados e impedidos de fazer novos envios por uma semana.
Segundo a plataforma, a medida vale para qualquer perfil, incluindo o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A decisão foi tomada um dia depois de apoiadores de Trump invadirem o Congresso durante reunião que validaria vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. Momentos antes da invasão, o presidente americano discursou afirmando que não aceitaria o resultado eleitoral.
O YouTube derrubou vídeo postado por Trump durante a invasão, por conta de “risco de violência”. Nele, o presidente pedia que os manifestantes voltassem para casa, mas continuava a alegar, sem provas, que a eleição foi ilegítima.
Em dezembro, a plataforma atualizou suas políticas para incluir regras para a remoção de vídeos que alegassem fraudes nas eleições americanas. Porém, punições mais severas só passariam a valer a partir de 21 de janeiro, um dia após a posse de Biden. Com o anúncio desta quinta (7), a penalização foi antecipada.
“Devido aos eventos perturbadores que ocorreram ontem, e dado que os resultados das eleições já foram certificados, a partir de hoje qualquer canal que postar novos vídeos com alegações falsas que violam nossas políticas receberão um strike”, afirmou o YouTube.
Segundo as políticas do YouTube, um canal pode ser encerrado se descumprir as regras de uso. A cada violação, a conta recebe um “strike” – um tipo de aviso e punição.
O 1º “strike” impede a conta de enviar novos vídeos por uma semana, entre outras restrições. Se uma conta receber uma nova punição dentro de 90 dias, a publicação de conteúdos fica restrita por duas semanas. E, após 3 “strikes”, o canal é derrubado em definitivo.
“Durante o último mês, nós removemos milhares de vídeos que espalhavam desinformação alegando que fraudes generalizadas mudaram os resultados das eleições de 2020, incluindo diversos vídeos que o Presidente Trump publicou em seu canal”, disse a plataforma em um comunicado.
2. Over the last month, we’ve removed thousands of videos which spread misinformation claiming widespread voter fraud changed the result of the 2020 election, including several videos President Trump posted to his channel.
Redes sociais de Trump bloqueadas
Nesta quinta (7), as contas do Facebook e Instagram do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram bloqueadas por tempo indeterminado. O anúncio foi feito pelo presidente-executivo da rede social, Mark Zuckerberg.
O Twitter também impôs restrições ao perfil de Trump. O presidente está impedido de postar na rede social, e só poderá voltar 12 horas após excluir 3 tuítes específicos que foram suspensos por violações das políticas da plataforma, e não podem mais ser vistos.
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Fonte: G1