Yellen diz que novo governo deve focar nos trabalhadores e indica novo pacote de estímulos nos EUA | Economia


A futura secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, comentou os primeiros passos da sua gestão a parlamentares do Senado em sua audiência de confirmação. A ex-presidente do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) foi indicada ao cargo pelo presidente eleito Joe Biden, que toma posse nesta quarta-feira (20).

A economista deu destaque para os pacotes de ajuda à economia, tanto já anunciados como novos. O presidente eleito anunciou no último dia 14 uma proposta de estímulo econômico destinada a impulsionar a economia e acelerar a resposta dos Estados Unidos à pandemia do coronavírus.

“Estarei focada no primeiro dia em fornecer apoio aos trabalhadores e às pequenas empresas, colocando em prática, de forma mais rápida e eficiente possível, o plano de ajuda que foi aprovado recentemente e, em seguida, trabalhando com o tempo para um segundo pacote que eu acho que precisamos passar por esses tempos sombrios”, disse Yellen.

“Nem o presidente eleito, nem eu, iremos propor este pacote de alívio sem uma avaliação do peso da dívida do país. Mas, agora, com as taxas de juros em mínimas históricas, o mais inteligente a fazer é agir de forma ambiciosa”, afirmou.

Yellen garantiu também que valor do dólar norte-americano e de outras moedas deve ser determinado pelos mercados e que os Estados Unidos deveriam se opor às tentativas de outros países de manipular artificialmente os valores de moedas para obter vantagens comerciais.

Trata-se de uma menção à China, que ela definiu como “claramente o concorrente estratégico mais importante dos Estados Unidos”. Yellen destacou a determinação do governo Biden em reprimir o que chamou de “práticas abusivas, injustas e ilegais” do país asiático.

Em resposta a perguntas do Comitê de Finanças do Senado em sua audiência de confirmação, Yellen observou que a China tem prejudicado as empresas americanas com uma série de políticas, incluindo subsídios ilegais, dumping (venda abaixo do custo) de produtos e roubo de propriedade intelectual e barreiras à entrada de produtos norte-americanos.

“Estamos preparados para usar toda a gama de ferramentas” disponíveis para responder, disse ela após anos de guerra comercial entre o governo Trump e Pequim.

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Fonte: G1