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WhatsApp poderá ser usado para realizar transações pelo Pix Com uma resolução publicada, o BC criou a figura de iniciador de pagamentos do Pix. Diferente de um banco ou fintech em que o cliente tem uma conta transacional, o iniciador de pagamentos servirá justamente apenas para iniciar um pagamento entre duas partes.
Por exemplo, se o WhatsApp decidir aderir ao Pix, ele fará o meio de campo entre duas contas. Caso o cliente estiver em uma conversa com um amigo no aplicativo, ele poderá iniciar um pagamento via Pix dentro do WhatsApp sem precisar abrir o aplicativo do banco.
Neste caso, somente a autenticação de quem está mandando o dinheiro seria feita no aplicativo do banco no celular. O cliente seria automaticamente direcionado para essa tela de autenticação pelo WhatsApp.
Carlos Eduardo Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix no BC, explica que se um aplicativo de mensagem escolher ser iniciador do Pix, ele ofereceria toda a dinâmica de pagamento dentro da experiência da troca de mensagens. Seria como anexar uma foto.
— Assim que eu autorizar a transferência, eu vou autenticar no ambiente do aplicativo do banco A e automaticamente esse aplicativo de mensagem chama o aplicativo do banco A. Depois que autenticar, o dinheiro cai automaticamente na conta corrente ou de poupança do recebedor — explicou Brandt.
O serviço funcionaria de forma parecida com o iniciador de pagamentos que já existe e que permitiu as transferências dentro do WhatsApp em maio.
O consultor da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Breno Lobo, ressalta que a ideia é facilitar todo o processo de transação. Ele ressalta que, dando a autorização para que o aplicativo funcione como iniciador, não será necessário fazer login inicial, só autenticar e confirmar a transação.
— Se eu estiver conversando em um aplicativo de mensagens com você e quiser te mandar um Pix, eu tenho que sair do aplicativo de mensagens, entrar no aplicativo do meu banco, colocar minha senha, procurar um ambiente Pix, colocar a chave Pix, autenticar e confirmar. Com o iniciador, se o aplicativo de mensagens for iniciador, eu estou conversando com você ali e como se eu estivesse anexando uma foto, eu escolhi fazer um pagamento — exemplifica.
Além de aplicativos de mensagens, o iniciador de pagamentos também poderá facilitar o processo de pagamentos nas compras pela internet.
A ideia é que os próprios comércios poderão se tornar um iniciador de pagamento e fazer o mesmo meio de campo entre a instituição em que o cliente tem conta e a conta do comerciante. Também será possível que uma terceira empresa faça esse trabalho.
No momento de pagar por sua compra, o cliente que escolher pagar por Pix autoriza o comércio a iniciar o pagamento automaticamente com a instituição financeira cadastrada. O cliente será redirecionado para uma tela da instituição em que tem conta e fará a autenticação e confirmação da transação.
Esse processo agilizaria os pagamentos, já que atualmente os comércios que oferecem a opção do Pix podem gerar um QR Code ou um código que seria colado no aplicativo da instituição financeira. O novo processo evitaria a necessidade do cliente de abrir aplicativo do banco, entrar com senha e fazer o pagamento.
A mesma dinâmica poderia ser replicada em aplicativos de delivery e transporte, por exemplo.
A regulamentação do BC permite que esse serviço seja cobrado do cliente, mas a expectativa é que ele seja gratuito.
— No âmbito do consumidor, é livre. Se o iniciador quiser cobrar uma taxa, ele pode cobrar. A gente imagina que não tem muito incentivo para isso dado que o Pix para pessoa física é de graça para iniciar. Se algum aplicativo de celular ou comércio eletrônico for cobrar uma tarifa para iniciar o Pix, eu não vou usar o serviço. Eu entro no aplicativo do banco e eu mesmo vou iniciar — disse Breno Lobo.
Open banking e calendário
Com essa novidade, o Pix começa a se integrar com o Open Banking. Apenas instituições financeiras autorizadas a funcionar no Pix pelo BC e que sejam certificadas no âmbito do Open Banking poderão oferecer o serviço.
O calendário divulgado pelo Banco Central aponta que essa nova modalidade será implementada em fases. A primeira começa dia 30 de agosto, depois do início da segunda fase do Open Banking.
Neste momento, será possível fazer transferências entre pessoas por iniciadores de pagamentos, com a inserção manual dos dados ou chave Pix.
Um mês depois, no dia 30 de setembro, será possível fazer compras pela internet diretamente pelos iniciadores de pagamento. Fonte: Extra Globo
Fonte: R7