WhatsApp e Telegram: o que bancos e fintechs têm feito contra as fake news


As fake news envolvendo o mercado financeiro correm soltas no WhatsApp e no Telegram, dois dos aplicativos de mensagem mais utilizados pelos brasileiros. E se tornaram um problema crescente na era da informação trocada em tempo real, com impacto particularmente significativo quando se trata de bancos digitais e fintechs. No Brasil, o WhatsApp é usado por 99% dos usuários de celular – algo em torno de 200 milhões.

Exemplos recentes não faltam. No rastro da quebra do Silicon Valley Bank e do Signature, nos Estados Unidos, mensagens falsas têm circulado colocando em xeque a solidez financeira de algumas fintechs no País, e “recomendando” a transferência de dinheiro para outras instituições financeiras. Outras falam em fraudes bancárias e invasão de contas dos clientes – tudo mentira. Mas muitos  clientes correram para sacar os seus investimentos, e perderam dinheiro na troca. No caso das instituições financeiras, essas mensagens têm o potencial de afetar significativamente sua reputação e credibilidade, e elas dependem da confiança dos clientes para manter seus negócios.

Nesse cenário, o mercado financeiro tem feito o que pode. Iniciativas de educação e conscientização de clientes têm sido usadas para combater a propagação de notícias falsas. Informações em sites, apps de cada instituição ou mesmo mensagens por e-mails para clientes são algumas das ações contra fake news disseminadas por Whatsapp e Telegram. Algumas instituições também investem em novas tecnologias de segurança para proteger as contas de seus clientes contra possíveis ataques.  Os bancos digitais contam com equipes entre 50 e 60 profissionais especializados em fraude e cyber segurança. E esse número tende a crescer ainda mais, segundo especialistas ouvidos por esta coluna.

Outras abordagens para lidar com o problema das fake news passam pelo uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para detectar e filtrar mensagens suspeitas. Essas tecnologias permitem que as empresas identifiquem rapidamente as mensagens falsas e as bloqueiem antes que se espalhem ainda mais. Parcerias com empresas especializadas também tentam monitorar a presença online da marca e identificar possíveis ameaças à sua reputação.

O uso de aplicativos de mensagens preocupa, especialmente, por se tratar de uma rede de comunicação que pode envolver grupos fechados com mais de uma centena de participantes. Enfim, na terra do faroeste digital cada um se vira como pode.

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