Vivemos ‘vários anos’ dentro de 2020, diz sócio de bar e restaurante prejudicado pelo coronavírus | Economia


O empresário Bruno Bernardo diz que viveu “vários anos” dentro de 2020. Sócio do Ink Bar e do LabOf, um escritório que desenvolve produção de conteúdo, publicidade e consultoria de marcas, ambos em São Paulo, Bruno viu seus dois negócios diretamente atingidos pela crise provocada pelo coronavírus.

O otimismo do primeiro trimestre de 2020, lembra Bruno, foi seguido por resultados sombrios nos três meses seguintes. No segundo trimestre, sem as medidas tão rígidas de distanciamento social, o desempenho dos seus dois negócios começaram a colher resultados melhores.

“O ano começou de forma extremamente positiva para gente. O primeiro trimestre foi muito bom em termos financeiros e de perspectiva de trabalho, mas aí a pandemia chegou para mudar completamente esse jogo”, diz Bruno.

“O segundo trimestre, foi extremamente difícil, mas de muitos aprendizados,. Já o último semestre foi positivo para gente. De certa forma, tivemos grandes aprendizados. Foram aprendizados rápidos, que precisavam mudar o modus operandi que a gente tem”

Desde o início da pandemia, o G1 está acompanhando as histórias de empreendedores que estão tentando sobreviver à crise. Veja aqui o que os mesmos empresários contaram em abril; o que disseram em maio, em julho, em setembro, e os novos depoimentos este mês:

Veja também o que Bruno Bernardo contou ao G1 nos meses anteriores:

No auge da crise econômica, o O LabOf chegou a perder 70% do faturamento, e o Ink Bar registrou uma queda de 80%. A saída – ainda que momentânea – para os dois negócios foi buscar soluções inovadoras: o escritório desenvolveu um curso online sobre criatividade dentro de casa e permitiu o aluguel de obras de arte, e o bar apostou na entrega de bebidas por delivery.

Com as medidas, o LabOf conseguiu atingir as metas estabelecidas para este ano. Mas as projeções para o Ink Bar tiveram de ser revistas pelo empresário.

“Para o Ink Bar o cenário é um pouco diferente, até porque, no início da pandemia, o bar tinha apenas seis meses. É uma unidade de negócios que não tinha uma clientela fixa, não tinha possibilidade de ter criado alternativas logo no começo, então a gente teve que se reinventar”, afirma o empresário.

“Mas chegar até o fim do ano é compensador para qualquer pessoa que está nessa área de bar e restaurante, um dos segmentos mais abalados mais afetados na crise. A gente sabe quantos players ficaram para trás”

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Fonte: G1