Veja os juros do crédito imobiliário cobrados pelos principais bancos | Economia


Veja as taxas dos principais bancos

O Itaú reajustou suas taxas para o crédito imobiliário nesta quarta-feira (15): o crédito tradicional (pré-fixado) passou de 7,3% ao ano mais TR para 8,3% ao ano mais TR, enquanto a modalidade com juros da poupança (pós-fixado) teve redução e foi de 3,95% ao ano para 3,45%.

No início do mês, o Santander elevou a sua taxa de 7,99% ao ano mais TR para 8,99% mais TR.

O Banco do Brasil também aumentou suas taxas este mês: em agosto, o crédito tradicional era de 6,55% ao ano mais TR, agora está partem de 6,85% ao ano mais TR.

O Bradesco, por sua vez, divulgou que os juros para crédito imobiliário tradicional estão a partir de 8,50% ao ano mais TR. Em reportagem publicada pelo G1 no início de agosto, o banco informou cobrar a partir de 6,9% ao ano mais TR.

Na linha tradicional, a Caixa manteve os juros do crédito inalterados: ainda em 7% ao ano mais TR.

Vale lembrar que as taxas anunciadas pelos bancos são as mínimas, e que, para conseguir juros mais baixos, o tomador do crédito precisa quase sempre aceitar uma série de condições. O nível e o tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor são fatores que também costumam influenciar diretamente as taxas de juros de um financiamento.

Assim, é importante que o tomador do crédito pesquise entre os bancos qual oferece a menor taxa para o seu perfil. Além da taxa de juros, devem ser considerados também os seguros obrigatórios, o sistema de amortização utilizado (SAC ou Tabela Price), além do pacote de serviços exigidos pelo banco para garantir a taxa ofertada.

Comparativo de juros para financiamento de imóveis em setembro — Foto: G1

Expectativa de novas altas

Com a expectativa de novos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, e das taxas de longo prazo, o crédito imobiliário deve ficar um pouco mais caro até o final do ano.

Especialistas afirmam que o cenário ainda permanece favorável para financiar um imóvel, já que as taxas devem continuar subindo — uma vez que a curva de juros futuros está apontando para cima.

Na avaliação de Tiago Galdino, diretor financeiro do Imovelweb, a janela de oportunidades para financiamentos não se fechou ainda, mas está se fechando. E a prova disso está no aumento das taxas de financiamento pelo bancos.

“Enquanto a Selic estiver dentro da margem de 6% ao ano, os repasses serão tímidos. Mas se ela chegar a 7%, poderemos ter aumentos relevantes”, afirmou Galdino.

Financiamento com recursos com poupança

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança (SBPE) somaram R$ 18,79 bilhões em julho, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O montante ficou 4,4% abaixo do registrado em junho, mas ainda representou um crescimento de 73,6% em relação a julho do ano passado, quando a economia do país foi mais afetada pelas medidas de isolamento social contra a Covid-19.

Nos primeiros 7 meses de 2021, o montante financiado somou R$ 115,83 bilhões, alta de 113,8% em relação a igual período de 2020. No ano, foram financiados um total de 499,12 mil imóveis, resultado 152,7% superior ao de igual período do ano passado.

Nos 12 meses até julho de 2021, o volume financiado com recursos do SBPE somou R$ 185,64 bilhões, aumento de 100,8% em relação ao período anterior.

Financiamento imobiliário com recursos da poupança – junho/21 — Foto: Economia G1

Crédito imobiliário saltou nos últimos 12 meses

Dados da Abecip mostram um forte crescimento do crédito imobiliário no país. Os financiamentos com recursos das cadernetas de poupança somaram R$ 19,66 bilhões em junho, um salto de 112,1% na comparação com junho do ano passado e o maior volume nominal mensal da série histórica iniciada em 1994.

No acumulado de 2021, o montante totalizou R$ 97 bilhões, alta de 123,9% na comparação interanual. Já no acumulado em 12 meses, foram R$ 177,67 bilhões, alta de 101,1%.

A Caixa se mantém na liderança do setor, com R$ 37,4 bilhões financiados no ano nas modalidades construção e aquisição. O Itaú está em segundo lugar, com R$ 25,5 bilhões, e o Bradesco apareceu em terceiro, com R$ 17,8 bilhões, segundo balanço da Abecip.



Fonte:G1