Valorização dos seminovos vai deixar IPVA mais caro em 2022 – Notícias



As dores de cabeça dos motoristas pela recente disparada no preço dos combustíveis devem aumentar com a chegada de um IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) mais robusto nos primeiros meses de 2022.


A percepção considera a valorização de 12,5% dos carros usados nos 12 meses finalizados em agosto, de acordo com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A movimentação, guiada pela falta de insumos para a produção de carros zero km, tende a refletir diretamente no bolso dos proprietários. 


No estado de São Paulo, a alíquota do IPVA equivale a 4% do valor venal dos veículos movidos a gasolina e aqueles com motor bicombustível (flex). Já para os donos de carros abastecidos exclusivamente com álcool, eletricidade ou gás, ainda que combinados entre si, a alíquota é de 3%.



A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo afirma que ainda não é possível cravar que haverá aumento do IPVA 2022. “A tabela de valores venais deverá ser finalizada em novembro e publicada em dezembro de 2021. Portanto, não há informações sobre alta ou baixa de valores de veículos”, afirma a pasta.


Com base em dados da tabela Fipe, referência do setor automotivo, mas que não é utilizada nos cálculos do governo de São Paulo, um automóvel de modelo Chevrolet Onix Joy 1.0 8V Flex fabricado em 2019, o mais vendido dos últimos anos, ficou 34,4% mais caro nos últimos 12 meses, passando de R$ 36.231 para R$ R$ 48.692.


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Pela tabela de preços venais de São Paulo usada para calcular o IPVA 2021, o mesmo veículo custava R$ 39.838 no fim do ano passado, o que resultou em um imposto no valor de R$ 1.593,52 aos proprietários do modelo.


Se a valorização do governo acompanhar a verificada pela Fipe para o Onix, o carro passará a ter uma cotação venal de R$ 53.538, o que resultará em um tributo de R$ 2.141,53, preço quase R$ 550 superior.


A eventual alta nos valores médios do IPVA a serem desembolsados pelos motoristas vai interromper a sequência de períodos de queda do imposto. Somente no ano passado, os pagamentos do imposto recuaram 6,8%, segundo cálculos da Secretaria da Fazenda.




Fonte: R7