Vale sela acordo por fatia da Mitsui em Moçambique e mira sair de negócio de carvão | Economia


A Vale assinou acordo com a Mitsui para aquisição da totalidade da participação da empresa japonesa (15%) na mina de carvão de Moatize, em Moçambique, bem como compra dos 50% de participação e todos os créditos minoritários que a empresa detém no Corredor Logístico de Nacala (CLN).

O acerto permitirá a estruturação da saída da Mitsui dos ativos, disse a Vale em comunicado na noite de quinta-feira, ao acrescentar que pretende também desinvestir do negócio de carvão.

O acordo prevê que a Vale comprará por 1 dólar a fatia da Mitsui nos ativos de mina e logística. Após o fechamento da transação, a mineradora brasileira consolidará todos os ativos e passivos da CLN, incluindo o projeto do Corredor de Nacala, que tem cerca de US$ 2,5 bilhões de saldo remanescente, explicou a companhia.

“Com o acordo para a aquisição das participações da Mitsui e, consequentemente, a simplificação da governança e da gestão dos ativos, a Vale iniciará o processo de desinvestimento da sua participação no negócio de carvão, que será pautado na preservação da continuidade operacional de Moatize e do CLN, com a busca de um terceiro interessado nestes ativos”, acrescentou.

A intenção de sair do negócio de carvão “está em linha com o foco da companhia em priorizar seus negócios core e sua agenda ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês)”, disse a Vale.

A empresa também pretende se tornar neutra em carbono até 2050, reduzindo em 33% suas emissões de escopos 1 e 2 até 2030.

A Vale acrescentou que, com um futuro refinanciamento do project finance do Corredor de Nacala, simplificando sua estrutura, deverá obter economia anual estimada de aproximadamente 25 milhões de dólares.

Em paralelo, a Vale anunciou iniciativas que visam reduzir custos e aumentar a produção em Moatize, que poderia alcançar um ritmo de 15 milhões de toneladas por ano no segundo semestre de 2021 e 18 milhões de toneladas por ano em 2022.

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Fonte: G1