União estima arrecadar R$ 100 bilhões com venda da Eletrobras | Blog Ana Flor


Estimativas dentro do governo a respeito da privatização da Eletrobras, em discussão no Congresso, são de que a venda da estatal pode render à União cerca de R$ 100 bilhões.

O valor dos ativos do governo na estatal atualmente é estimado em algo entre R$ 35 e R$ 40 bilhões, mas os cálculos na área econômica indicam que este valor pode dobrar com a valorização. Além disso, a outorga (taxa pelo uso de usinas) pode atingir R$ 25 bilhões, segundo contas feitas dentro do governo.

Os cálculos estão sendo utilizados para mobilizar parlamentares que devem votar o tema nas próximas semanas. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ao blog que a medida provisória será votada na Câmara até 17 de maio, de forma a cumprir o acordo entre as duas casas legislativas de enviar o projeto ao Senado um mês antes do vencimento da MP.

A MP prevê a emissão de ações pelo governo, que teria sua participação na empresa diluída, perdendo o controle da Eletrobras. A Eletronuclear e Itaipu seguiriam no controle da União.

Segundo o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, a capitalização da Eletrobras é considerada estratégica dentro de um programa do governo, que afirma que a União já vendeu participações acionárias no valor de R$ 200 bilhões em ativos desde 2019.

Em outra frente, o governo espera finalizar nas próximas semanas um novo programa para dar qualificação profissional aos chamados “invisíveis” – o trabalhador informal que atualmente recebe o auxílio emergencial. Os cálculos são de que cada trabalhador possa receber até R$ 600, que seriam pagos parte pelo governo e parte pela empresa onde ele passar pela qualificação.

Os números e o custo final ainda estão em estudo na área econômica. O novo programa, chamado de Bônus de Inclusão Produtiva, é visto dentro do governo como uma forma de preparar quem hoje está na informalidade a ocupar uma posição no mercado formal ou mesmo a aprimorar ocupações que já desempenham.



Fonte: G1