Desde o início do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é crítico do imposto sobre a folha de pagamentos. Na ausência de uma reforma tributária, como prometido em múltiplas ocasiões, o ministro não teve sucesso em combater o imposto como gostaria. A meses do fim do governo, a chance de uma ampla reforma de tributos ser emplacada ainda em 2022 é um tanto quanto remota. A PEC 110/2019, que busca fazer justamente isso, está parada no Senado em meio a um conturbado ano eleitoral.
Entretanto, mesmo sem reforma, parte do legislativo trabalha a favor do desejo do ministro, através de um projeto de lei apresentado nesta semana. De autoria do deputado José Medeiros (PL-MT), o projeto prevê uma redução gradual do imposto sobre a folha de pagamento de empresas, a fim de reduzi-lo de 20% para 15% até 2028. Em sintonia com a posição de Guedes, o projeto aponta o imposto como um estimulador da taxa de desemprego, que estava em 9,8% em maio. Outros três deputados do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, assinam o projeto.
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