UE diz que acordo do Brexit ainda está a ‘metros da linha de chegada’ | Economia


A União Europeia e o Reino Unido avançaram mais rumo a um acordo comercial nos últimos dias, mas ainda há muito trabalho a fazer para que um pacto entre em vigor até o prazo do final do ano, disse a executiva-chefe do bloco nesta sexta-feira (19).

Foto mostra reunião do Comitê Misto União Europeia-Reino Unido na sede do bloco europeu em Bruxelas — Foto: John Thys/ AP

Diplomatas informados mais cedo pelo Executivo da UE, que está negociando com o Reino Unido em nome dos 27 países-membros, disseram que Bruxelas e Londres continuam em choque a respeito dos direitos de pesca, garantias de concorrência justa e maneiras de resolver disputas futuras.

Mas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, adotou um tom mais otimista sobre as conversas de última hora em uma coletiva de imprensa, destacando o progresso na questão de se assegurar condições igualitárias para a ajuda estatal.

“Depois de semanas difíceis com um progresso muito, muito lento, vimos um progresso melhor nos últimos dias, mais movimento em temas importantes. Isto é bom”, disse ela. “Dentro do arcabouço das condições igualitárias, houve progresso, por exemplo, na ajuda estatal, mas ainda há alguns metros até a linha de chegada, então ainda há muito trabalho a fazer”.

Brexit: cúpula entre líderes da União Europeia continua nesta sexta (16), em Bruxelas

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Três diplomatas veteranos da UE disseram à Reuters que, no informe aos embaixadores, a Comissão enfatizou que as conversas ainda estão travadas em três questões centrais, mas que agora existe um ímpeto que os deixou esperançosos no fechamento de um acordo a tempo.

“Realmente havia uma sensação de que estamos vendo muito ímpeto e de que, de alguma maneira, encontraremos um caminho”, disse um deles.

Os principais negociadores do Brexit suspenderam as conversas diretas na quinta-feira porque um membro da equipe da UE foi diagnosticado com Covid-19, mas autoridades continuam trabalhando remotamente para firmar um acordo comercial que entraria em vigor em seis semanas.

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Fonte: G1