Tesouro reduz previsão para crescimento da dívida, que pode chegar a R$ 5,8 trilhões em 2021 | Economia


A Secretaria do Tesouro Nacional passou a projetar que a dívida pública federal pode crescer para até R$ 5,8 trilhões ao final de 2021, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26).

Os R$ 5,8 trilhões representam o teto, isto é, o valor máximo que a dívida pode alcançar até o fim deste ano. A nova projeção é inferior ao teto divulgado em janeiro, de R$ 5,9 trilhões.

Já o piso da dívida pública federal passou a ser projetado em R$ 5,5 trilhões. Este é o valor mínimo que a dívida deve atingir ao final do ano. Em janeiro, o Tesouro Nacional calculava o piso em R$ 5,6 trilhões.

As projeções foram alteradas pelo Tesouro Nacional no Plano Anual de Financiamento de 2021.

Segundo o Tesouro, os novos limites são menores porque as condições econômicas estão “relativamente mais favoráveis do que o estimado” anteriormente. Divulgado inicialmente em janeiro, o Plano Anual de Financiamento é construído entre outubro e dezembro.

“[O plano] foi desenhado em um contexto ainda marcado pelas incertezas em decorrência da pandemia de Covid-19 e seus impactos na economia e nos mercados financeiros”, informou o Tesouro em nota.

“[Era] um momento bastante complexo em relação não só à pandemia, que continuou para os meses seguintes, mas principalmente em relação aos impactos fiscais que estávamos vivendo naquele momento em relação à pandemia”, complementou o subsecretário da Dívida Pública, Otávio Ladeira.

Dívida pública federal bate recorde em 2020 e atinge R$ 5 trilhões

Dívida pública federal bate recorde em 2020 e atinge R$ 5 trilhões

Emitida pelo Tesouro Nacional, a dívida pública tem como objetivo financiar o déficit orçamentário do governo federal.

Os empréstimos são feitos para cobrir gastos da União que ficam acima da arrecadação com tributos. A dívida pública federal inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior.

Resgate em abril bate recorde

De acordo com o Tesouro Nacional, a dívida pública federal em títulos recuou 2,92% em abril e caiu para R$ 5,089 trilhões. Em março, a dívida somava R$ 5,242 trilhões.

A queda em abril é explicada por um resgate líquido recorde de R$ 167,16 bilhões. É o maior valor para todos os meses da série histórica, iniciada em novembro de 2006.

Em abril, o total de resgates chegou a R$ 340,645 bilhões, enquanto as emissões somaram R$ 173,483 bilhões. O chamado resgate líquido resulta da subtração desses dois valores.

Segundo o Tesouro Nacional, o recorde de resgates se deve ao vencimento em abril de títulos públicos com taxas prefixadas que somam R$ 283,55 bilhões.

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Fonte: G1