Taxa de desemprego cai para menos de 10% no Brasil

O IBGE aponta que essa é menor taxa de desemprego para o período levado em conta na pesquisa desde 2015, quando a taxa chegou a 8,4%.

Imagem: Elle Aon / Shutterstock.com

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Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a taxa de desemprego atingiu 9,3% entre abril e junho deste ano, uma queda de 1,8 p.p. em relação ao trimestre anterior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que esse é o menor patamar para o período desde 2015, quando a taxa chegou a 8,4%.

O número de desempregados no país chegou a pouco mais de 10 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 15,6% no volume. Em comparação ao trimestre anterior, 1,9 milhão de pessoas deixaram o grupo de cidadãos sem vínculo empregatício.

Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad do IBGE, diz a queda na taxa de desempregados registrada no segundo trimestre é parecida com a observada em outros anos. No entanto, de acordo com Adriana, a retração mais acentuada da taxa foi provocada pelo “avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre”.

População ocupada é a maior desde o início da série histórica da pesquisa

Segundo os dados da pesquisa, a população ocupada é a maior desde o início da série histórica da Pnad, em 2012. Ao todo, 3 milhões de pessoas foram registradas no mercado de trabalho, sendo que 1,1 milhão estão na informalidade.

O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões (o maior da série histórica do indicador, que teve início em 2016). Isso significa um avanço de 2,8% em relação ao trimestre anterior. Dentre esse grupo, estão os trabalhadores sem carteira assinada, trabalhadores familiares auxiliares, empregadores e conta própria sem CNPJ. A taxa de informalidade ficou em 40% no trimestre encerrado em junho.

Número de trabalhadores por conta própria foi estimado em 25,7 milhões

Estimado em 25,7 milhões, o número de trabalhadores por conta própria, incluindo os informais e formais, é o maior para um trimestre encerrado em junho desde 2012. Quando comparado ao trimestre anterior, a alta foi de 1,7%, e de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Se comparado com o último semestre, o crescimento foi 6,8% entre os empregados sem carteira assinada no setor privado. Esse contingente também foi o maior da série histórica, uma vez que foi estimado em 13 milhões de pessoas.

Já o contingente de trabalhadores domésticos sem carteira apresentou um aumento de 4,3% (chegando a 4,4 milhões de trabalhadores) no período analisado na pesquisa.

Também foi apontado o crescimento no número de informais está ligado a algumas atividades do setor de serviços, impactadas pelas medidas de isolamento social durante a pandemia da Covid-19. A coordenadora da Pnad diz que é possível notar que parte importante dos serviços tem grande participação de trabalhadores informais. 

Veja abaixo outros dados

  • Empregados com carteira assinada no setor privado: a categoria aumentou 2,6% (acréscimo de 908 mil pessoas) no trimestre, e 11,5% (acréscimo de 3,7 milhões de trabalhadores) no ano.
  • Empregadores com CNPJ: a categoria não apresentou aumento e o número ficou estável quando comparado ao último trimestre. Na comparação anual, o crescimento foi de 12,7%.
  • Rendimento médio real habitual: o IBGE estimou em R$ 2.652. Isso significa uma estabilidade na comparação com os três primeiros meses e uma queda de 5,1% quando comparado com o ano passado.
  • Massa de rendimento (soma dos rendimentos pagos a pessoas ocupadas): chegou a R$ 255,7 bilhões, registrando um crescimento de 4,4% se comparado com o trimestre anterior e de 4,8% na comparação anual.

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Imagem: Elle Aon / Shutterstock.com

Fonte: Economia R7