O brasileiro toma, em média, cinco litros e meio de sorvete por ano – bem abaixo da média de outros países. Por isso, os empresários do setor vão atrás de inovação: lançam picolé pra pet, pra bebê ou se inspiram na culinária japonesa para criar sorvete de doce japonês.
Emília Tayra sempre gostou do moti, um tradicional doce japonês, e durante uma viagem a Nova York conheceu o doce com recheio de sorvete. Depois disso, decidiu produzir o doce no Brasil.
Mas não foi fácil colocar o sorvete dentro da fina massa japonesa de arroz. Para vencer esse desafio, Emília e três sócios decidiram usar uma máquina de fazer coxinha e fizeram centenas de testes.
Finalmente, em 2019, Emília começou a produzir o sorvete de moti. Os empresários passaram a vender para restaurantes, hortifrutis, mercearias e supermercados.
A marca comercializa 40 mil unidades por mês. No ano passado, a empresa faturou R$ 1,2 milhão.
“Estamos com 200 pontos de venda e a meta é chegar a 500 nos próximos dois, três anos. Com certeza vamos investir em uma fábrica nova”, conta o sócio Roberto Makodo Shido.
Eliana de Castro é outra empreendedora que está feliz trabalhando com sorvetes e comanda uma sorveteria na Vila Madalena, bairro boêmio de São Paulo. Ela realizou o sonho depois de trabalhar 25 anos numa multinacional.
São 16 sabores de sorvetes, tudo artesanal e feito no local. O filho Alexandre Guimarães cuida da cozinha: tem sorvete de cajá, morango, graviola, coco, cupuaçu e chocolate.
A empresária investiu R$ 450 mil na sorveteria, reformou e decorou uma casa, comprou equipamentos e venceu um dos maiores inimigos do setor: a sazonalidade. No inverno, ela também serve café, chocolate quente, chá e fondue e a queda na estação é mínima: 15%.
Os sorvestes custam a partir de R$ 14. Em 2021, a empresa vendeu 7,2 mil litros e recuperou o faturamento de antes da pandemia. A projeção é crescer 10% neste ano.
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Smoti Sorvetes
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Fonte: G1
