Sistema financeiro está preparado para enfrentar incertezas da pandemia, diz Banco Central | Economia


O Banco Central avaliou nesta terça-feira (27) que o sistema financeiro nacional está preparado para enfrentar as incertezas relativas aos desdobramentos da pandemia. A avaliação consta no Relatório de Estabilidade Financeira, relativo ao segundo semestre de 2020

“Ao longo de 2020, o sistema financeiro nacional alcançou o maior valor histórico de provisões para cobertura para Ativos Problemáticos (APs), melhorou a capitalização e manteve liquidez confortável”, acrescentou a instituição.

Segundo o BC, a atividade econômica doméstica recuperava-se de forma consistente até o final de 2020, mas acrescentou que o “cenário é de prudência, uma vez que esses dados ainda não contemplaram os efeitos do recente e agudo aumento de casos de Covid-19”.

“Embora não seja o esperado, esse cenário pode levar a perdas com crédito superiores às estimadas. Eventual reversão na atividade econômica provavelmente seria seguida por rápida recuperação, especialmente no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”, acrescentou.

Segundo o BC, o funcionamento do sistema financeiro não sofreu interrupções significativas no ano passado devido aos bons níveis de capitalização, liquidez e provisões constituídos antes da pandemia. “Ainda assim, houve impactos à saúde financeira do sistema, com a materialização de perdas decorrentes da redução da atividade econômica”, avaliou.

De acordo com a instituição, o mercado continua preocupado com os desdobramentos da pandemia. O BC informou que as os bancos pesquisados mantêm “atenção elevada com a inadimplência e com a redução da atividade econômica”.

“As instituições financeiras acreditam que atrasos na vacinação e o surgimento de novas cepas do coronavírus podem prolongar a crise sanitária e exigir mais gastos para proteger a população vulnerável e incentivar a economia. Isso aumentaria o já elevado risco fiscal”, informou o Banco Central.



Fonte: G1