Sem medidas para combater o aquecimento global, Brasil pode ter queda do PIB de 17% até 2048, diz Al Gore | Economia


O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderá sofrer um queda de 17% até 2048 se o país não adotar medidas para combater o aquecimento global, afirmou Al Gore, ambientalista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, nesta terça-feira (25).

Al Gore participa do Cidadão Global de 2021 — Foto: Reprodução

Al Gore participou da 4ª edição do Cidadão Global 2021, promovida de forma virtual pelo jornal ‘Valor Econômico’ e pelo banco Santander. O fórum traz um ciclo de debates sobre o que significa ser um cidadão do século 21. Neste ano, o tema é sustentabilidade com uma abordagem por meio da visão de quem inspira e respira o progresso responsável do planeta.

“O estrago humano e econômico aumenta todos os dias. Uma análise recente feita pela Swiss revela que o Brasil terá uma queda do PIB de 17% até 2048 funcionando normalmente”, afirmou Al Gore.

No evento, o ex-vice-presidente dos EUA chamou a atenção para o movimento de empresas em busca de um processo de produção ambientalmente mais limpo. De acordo com ele, “estamos engatilhando com a revolução da sustentabilidade.”

“Essa revolução tem a capacidade de transformar o mundo para melhor, mudando a forma que nos relacionamos com negócios, com meio-ambiente e uns com os outros,” disse Al Gore.

Com toda essa mudança em curso, muitas empresas têm adotados investimentos e produção com base em critérios chamados de ESG (ambiental, social e governança, na tradução em português).

E o Brasil não está imune a esse movimento. No ano passado, a captação de fundos de ações que integram a categoria sustentabilidade e governança foi de cerca de R$ 250 milhões em 2020, segundo os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Em 2020, o patrimônio líquido desses fundos somou R$ 817 milhões, um crescimento de mais de 50% em relação ao ano anterior.

“Alguns argumentam que a mudança para algo mais sustentável representa a melhor e maior oportunidade de investimento dessa geração e, talvez, da história. Isso vale para os governos e para as empresas”, afirmou.

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Fonte: G1