Safra de pêssego deve ser menor no sudoeste de SP | Nosso Campo


A pele aveludada e um sabor adocicado são algumas características do pêssego, uma das frutas mais consumidas no mundo. São Paulo é o segundo principal produtor do Brasil, mas aqui o cultivo se limita a lugares onde a temperatura é favorável. É o caso do município de Paranapanema (SP), onde se encontram plantações, principalmente no Distrito de Campos de Holambra.

Apesar do clima favorável, este ano não foi nada como os agricultores esperavam. Com a formação de geadas em julho, a produtividade caiu bastante e impactou na expectativa de safra. Normalmente, são colhidas duas mil toneladas por ano. Desta vez, a quantidade não deve passar de 1,5 mil.

No sítio de Harald, a previsão é de 20 toneladas a menos do que as 250 esperadas inicialmente. Ele explica que é pela coloração, teor de açúcares, colheita manual, de pé por pé, que é possível saber que a fruta está no ponto para colher.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 17/10/2021)

Safra de pêssego deve ser menor no sudoeste de SP

Safra de pêssego deve ser menor no sudoeste de SP

O cultivo do pêssego é feito em 22 hectares no sítio dele. A colheita dura pouco mais de três meses e a fruta vai para diferentes regiões do país.

Geralmente, os produtores fazem a quebra de dormência para a planta acordar e eles conseguirem colher antes. Isso geralmente é feito um pouco antes do inverno. Segundo o produtor Alberto Monteiro do Nascimento, as plantas que foram feitas à quebra da dormência antes sofreram bastante e, com a geada, a florada foi bem danificada.

Diante de todos os problemas, a colheita atrasou. Com menos fruta para colher, o preço acabou subindo. O produtor recebeu R$ 4,50 por quilo no ano passado. Este ano, deve ficar em torno de R$ 6 ou R$ 7.

O engenheiro agrônomo Fernando Mascaro diz que a expectativa é de uma reação do preço, porque todas as regiões produtoras foram afetadas.

“Com menor quantidade, os preços elevam. Vai se colher um pouco menos. Mas a gente espera, como a planta está muito afolhada, brotou bem, que as frutas estejam mais graúdas e tenham uma melhor qualidade. O consumidor vai comprar quase uma fruta importada, que ela é bem graúda, mas o diferente da nossa fruta é que ela é muito doce”, explica.

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Fonte:G1