Safra da mandioca é colhida por produtores da região de Rio Preto | Nosso Campo


Já faz quase um ano que os pés de mandioca foram plantados no sítio de João Cotes, em São José do Rio Preto (SP). A colheita já era para ter sido feita, mas, por causa da falta de chuva, a mandioca precisou ficar mais tempo na terra.

Mas a colheita tardia até agora, segundo João, não interferiu na produtividade. Por semana, ele vem colhendo 350 caixas de mandioca de mesa, aquela variedade comprada no mercado.

Os produtores estão bem animados com o valor pago no produto. Atualmente, a caixa de 30 quilos sai entre R$ 25 e R$ 30 na roça. Mas, como João também faz o beneficiamento da mandioca, consegue um preço ainda melhor. O quilo pode ser vendido até por R$ 5.

William Vedelago herdou do pai o gosto pelo cultivo da mandioca. A família tem 30 hectares de área plantada em uma propriedade em Mirassol (SP). Mesmo com a seca que marcou 2020, os pés cresceram bastante. Isso porque o produtor optou pela irrigação logo no inicio do desenvolvimento da planta.

Durante os 21 anos lidando com a cultura, a família investiu muito em preparação de solo, busca por mudas de qualidade e manejo correto, o que interfere diretamente na qualidade da mandioca.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 11/04/2021)

Safra da mandioca é colhida por produtores da região de Rio Preto

Safra da mandioca é colhida por produtores da região de Rio Preto

Um dos principais fatores que tem influenciado na valorização do preço da mandioca é a queda na oferta do produto no mercado. Do ano passado para este ano, houve diminuição na área plantada em todo o estado de São Paulo. O recuo de volume de colheita foi de 12%.

Essa tendência vem sendo observada em todo o Brasil. Nos últimos anos, a área ocupada com mandioca no país diminuiu, enquanto a produtividade não aumentou.

O engenheiro agrônomo Varlei Perozin explica que, com exceção dos locais onde a mandiocultura está mais consolidada, outras atividades, especialmente grãos e pecuária, devem tomar parte das áreas com as raízes.

Já o produtor rural Diogo Gimenes fez o caminho inverso. Sua família sempre trabalhou com gado, mas há três anos ele enxergou na mandiocultura uma oportunidade para mais uma fonte de renda.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os reflexos da pandemia da Covid-19 na cadeia produtiva da mandioca foram transitórios, com oscilações de demanda.

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Fonte: G1