Revisão confirma alta recorde de 33,4% no PIB dos EUA no 3º trimestre | Economia


A economia dos Estados Unidos cresceu 33,4% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, em dados anualizados, de acordo com a terceira estimativa oficial divulgada nesta terça-feira (22) pelo escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento de Comércio do país. O número é maior que os divulgados na primeira e segunda leituras, em 29 de outubro e 25 de novembro, respectivamente – 33,1% em ambas.

A revisão para cima refletiu principalmente o aumento das despesas de consumo pessoal e dos investimentos fixos não residenciais, segundo o Departamento de Comércio dos EUA.

No entanto, a economia norte-americana está 3,5% abaixo do nível do final de 2019.

A forte expansão vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma recuperação significativa da economia após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores, o maior desde a Grande Depressão, no início do século passado, conforme a pandemia atingiu fortemente os gastos das famílias e receitas das empresas.

PIB dos EUA – terceiro trimestre de 2020 — Foto: Economia G1

Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa anualizada significa a variação do PIB se esse percentual de crescimento ou queda fosse mantida por um ano inteiro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 4,3% do PIB dos EUA em 2020. As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão abaixo de uma taxa anualizada de 5%. Apesar de ter começado a aplicar as vacinas contra a Covid-19, o aumento das infecções levou os economistas a reduzirem drasticamente suas previsões de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2021. No último dia 14, os EUA chegaram a 300 mil mortes pela doença.

O Congresso aprovou na segunda-feira um pacote de ajuda no valor de quase US$ 900 bilhões contra efeitos do novo coronavírus na economia. Além de pagamentos diretos à população vulnerável, a medida também traz auxílios a pequenos empresários, destinação de fundos para a distribuição de vacinas contra a Covid-19, além de dinheiro para escolas e companhias aéreas.

Embora esse pacote de recursos proporcione alguma proteção, economistas consideram que insuficiente e veio tarde demais, além de excluir recursos para governos estaduais e locais, cujos orçamentos foram apertados pela pandemia.

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Fonte: G1