A economia dos Estados Unidos cresceu 33,1% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, em dados anualizados, de acordo com a segunda estimativa oficial divulgada nesta quarta-feira (25) pelo escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento do Trabalho do país, confirmando os números da primeira leitura, divulgada em 29 de outubro.
A forte expansão vem sobre uma base fraca, mas aponta para uma recuperação significativa da economia após o tombo de 31,4% nos três meses anteriores, a maior desde a Grande Depressão, no início do século passado, conforme a pandemia atingiu fortemente os gastos das famílias e receitas das empresas.
PIB dos EUA – terceiro trimestre de 2020 — Foto: Economia G1
Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa anualizada significa a variação do PIB se esse percentual de crescimento ou queda fosse mantida por um ano inteiro.
Pela métrica não anualizada, a alta do PIB dos EUA foi de 7,4% na comparação com o 2º trimestre, após tombo de 9% nos 3 meses anteriores.
“Com a segunda estimativa, as revisões em alta de investimento fixo não residencial, investimento residencial e exportações foram compensadas por revisões em baixa nos gastos do governo estadual e local, investimento em estoque privado e despesas de consumo pessoal (PCE)”, informou o Departamento do Trabalho.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 4,3% do PIB dos EUA em 2020.
Um outro pacote de estímulo para a economia dos EUA é esperado apenas depois que o presidente eleito Joe Biden tomar posse, em 20 de janeiro. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está fortemente focado em contestar sua derrota eleitoral para Biden.
As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão abaixo de uma taxa anualizada de 5%. Apesar do progresso encorajador no desenvolvimento de vacinas, o aumento das infecções por Covid-19 com o início da estação fria no Hemisfério Norte levou os economistas a reduzirem drasticamente suas previsões de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2021.
Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA voltam a subir
Já o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou ainda mais na semana passada, sugerindo que uma explosão de novas infecções por Covid-19 e restrições comerciais estavam impulsionando as dispensas e minando a recuperação do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 778 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 21 de novembro, em comparação com 748 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira.
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Fonte: G1