Requerimento de Ciro Nogueira levou CPI ao esquema de Marconny de Faria | Blog Ana Flor


O nome de Marconny Albernaz de Faria, apontado como lobista da empresa Precisa e que tinha contato próximo com Jair Renan Bolsonaro, um dos filhos do presidente da República, chegou até a CPI da Covid por meio de um requerimento de informações pedido por Ciro Nogueira, hoje ministro da Casa Civil. Ciro era membro da comissão até julho.

Marconny foi convocado pela CPI para depor nesta quinta-feira (2), mas alegou estar internado em hospital de Brasília. Decisão da ministra do STF Carmen Lúcia na noite da quarta (1º) determinou que ele compareça à comissão, mas poderá permanecer em silêncio para não produzir prova contra si.

Randolfe: ‘O não comparecimento de Marconny acarretará em sua condução por força policial’

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O nome, telefone e trocas de mensagens de Marconny faziam parte te uma investigação do Ministério Público Federal no Estado do Pará, que investigava uma possível burla a uma licitação para compra de testes de covid em que a Precisa havia ficado em 3o lugar e que Marconny teria atuado para desqualificar os dois primeiros lugares no certame.

Com a intenção de investigar os desvios no Estado do Pará, pleito de governistas na CPI, Ciro Nogueira fez o pedido de cópia da investigação. Nas mais de 320 mil páginas do inquérito, os senadores e investigadores encontrarm detalhes que levaram aos negócios com o Ministério da Saúde.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, afirma que o caso é “o senhor de todos os esquemas”.

A Precisa vendeu preservativos ao Ministério da Saúde, a instituição garantidora foi o Fib Bank, já investigado em outros esquemas pela CPI, houve até pagamento antecipado.

Segundo senadores, o telefone de Marconny havia sido apreendido na investigação do MPF em outubro de 2020. Os detalhes não tinham vindo a público.

Neste exame das mensagens, a CPI encontrou mais de uma centena delas trocadas com Jair Renan Bolsonaro. Encontrou também contatos com a advogada do presidente, Karina Kufa.

Os relatos encontrados são ainda de que o lobista fazia festas em Brasília para políticos e selecionava jovens para trabalhar nos eventos.

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Fonte: G1