Região Norte lidera crescimento em 2018 e Sudeste eleva participação no PIB para 53,1% | Economia


A economia da região Norte foi a que mais cresceu em 2018, com um avanço de 3,4%, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Centro-Oeste (2,2%) e o Sul (2,1%) registraram a segunda e terceira maiores variações de Produto Interno Bruto (PIB). O Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%), enquanto o Sudeste (1,4%) registrou avanço abaixo da média nacional.

Na semana passada, o IBGE revisou o PIB nacional de 2018 de 1,31% para 1,8%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Entre as 27 unidades federativas, o Amazonas apresentou a maior alta: 5,1%, seguido por Roraima (4,8%) e Mato Grosso (4,3%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o crescimento foi de 1,5% e 1%, respectivamente.

Variação do PIB em 2018 por estado — Foto: Economia G1

Apenas Sergipe (-1,8%) teve queda na comparação com 2017. De acordo com o técnico do IBGE Luiz Antonio de Sá, o resultado negativo do estado está ligado não só ao desempenho econômico, mas também por conta de questões de condição climática adversas em 2018.

Os dados são das Contas Regionais 2018, publicadas hoje (13) pelo IBGE, e elaboradas em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

Apesar de mostrar o menor crescimento entre as regiões, o Sudeste elevou sua participação no PIB do Brasil brasileira em 0,2 ponto percentual, passando de 52,9% para 53,1%.

“Tal aumento se deve aos desempenhos de Rio de Janeiro e Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo”, informou o IBGE.

Ambos os estados tiveram desempenho do PIB favorecido pela atividade de Indústrias extrativas, em que houve aumento dos preços de petróleo. Esse aumento de participação compensou, na região, a queda de 0,6 p.p. de São Paulo, que viu seu peso na economia encolher para 31,6%. Minas Gerais não alterou sua participação.

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais continuaram a ocupar as três primeiras posições em termos de peso no PIB do Brasil. Em seguida, os três estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina) aparecem na quarta, quinta e sexta posições. Veja gráfico abaixo:

Quinze estados têm PIB acima da média nacional em 2018 — Foto: Divulgação/IBGE

Entre 2017 e 2018, os estados que mais perderam participação no PIB foram: São Paulo (-0,6 p.p.), Rondônia (-0,1 p.p), Pará (-0,1 p.p.), Pernambuco (-0,1 p.p.), Paraná (-0,1 p.p.), Goiás (-0,1 p.p.) e Distrito Federal (-0,1 p.p.).

“Entre as atividades que contribuíram para essa perda de participação de São Paulo, destaque para Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que tem o estado paulista representando mais de 50% do total nacional da atividade”, explicou o IBGE, citando a diminuição das taxas de juros.

Já o PIB per capita do país em 2018 foi de R$ 33.593,82, o que representa um aumento de 5,9% em valor em relação a 2017 (R$ 31.712,65)

O Distrito Federal se manteve como o maior PIB per capita (por habitante) do Brasil, com o valor de R$ 85.661,39, cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Na sequência, aparecem São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.

Maranhão e Piauí concentraram os menores PIBs per capita.

Na análise do PIB pela ótica da renda, a remuneração dos empregados, principal componente do índice, perdeu participação em relação ao ano anterior a 2017, saindo de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. É o segundo resultado negativo consecutivo. Segundo o IBGE, o desempenho está ligado à queda no número de ocupações com vínculo.

PIB revisado de 2018 — Foto: Economia G1

Avanço de Amazonas, Roraima e Mato Grosso

A liderança do Amazonas no desempenho de 2018 é explicada, segundo o pelo IBGE, pelo resultado das indústrias de transformação (8,8%), impulsionadas pela fabricação de produtos de informática e produtos eletrônicos.

Em Roraima, a alta teve a influência da atividade de serviços, com destaque para comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social e atividades imobiliárias.

Já em Mato Grosso, o destaque foi a agricultura, devido às produções de soja e de algodão.

Na série 2002-2018, Mato Grosso foi quem mais cresceu entre as 27 unidades federativas, com variação média de 5,1% ao ano, enquanto que o Brasil apresentou crescimento médio de 2,4% ao ano.

Em seguida no ranking vem o Tocantins, com taxa média anual de 4,9%, Roraima, com 4,2%, e Piauí, com 4,1%. Na série 2002-2018, o PIB em volume do Brasil apresentou crescimento médio de 2,4% ao ano.

Vídeos: analistas avaliam as perspectivas para a economia



Fonte: G1