Rebanho bovino no Brasil atinge 238 milhões de cabeças em 2023; produção de leite cresce


O rebanho bovino atingiu 238,6 milhões de cabeças em 2023, o maior número da série histórica iniciada em 1974, com crescimento de 1,6% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, é o menor aumento percentual nos últimos 3 anos, o que mostra a certa desaceleração no setor e a baixa do ciclo pecuário.

A produção de leite cresceu impulsionada pela produtividade das vacas. É o que aponta a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (19), com dados sobre os rebanhos pecuários e produção de leite, entre outras atividades de origem animal.

Rebanho bovino no Brasil cresce

São Félix do Xingu (PA) lidera com o maior rebanho do Brasil. São Félix do Xingu (PA) lidera com o maior rebanho do Brasil.
São Félix do Xingu (PA) lidera com o maior rebanho do Brasil. Foto: Divulgação/Sistema CNA/Senar

Entre os estados que lideram o ranking do rebanho bovino estão: Mato Grosso com 34 milhões de cabeças; seguido pelo Pará com 25 milhões; Goiás com 23,7 milhões; Minas Gerais com 22,5 milhões; Mato Grosso do Sul com quase 19 milhões; e Rondônia com 18 milhões de cabeças.

Nos ranking dos municípios, São Félix do Xingu (Pará) aparece em 1º lugar, apesar da retração de 2,8% em relação a 2022, com um rebanho bovino de 2,5 milhões de cabeças. Em segundo lugar está Corumbá (Mato Grosso do Sul) com 2,2 milhões de animais.

Porto Velho (Rondônia) manteve a terceira posição em 2023, com 1,8 milhão de bovinos. Cáceres em Mato Grosso aparece em quarto com 1,4 milhão de cabeças e Marabá no Pará tem o quinto lugar com 1,3 milhão de bovinos.

Produção de leite no Brasil

Produção de leite chegou a 35,4 bilhões de litros. Produção de leite chegou a 35,4 bilhões de litros.
Produção de leite chegou a 35,4 bilhões de litros. Foto: Wenderson Araujo/Triliux/Sistema CNA/Senar

A produção estimada de leite de vaca foi de 35,4 bilhões de litros em 2023, alta de 2,4% na produção nacional. Ao passo que a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas caiu, com 15,7 milhões de vacas ordenhadas, 0,1% a menos do que em 2022, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979.

O aumento de produção mesmo com a queda no rebanho de vacas ordenhadas mostra que a produtividade de leite impulsionou o volume total produzido.

O valor de produção do leite foi de R$ 80,4 bilhões, aumento de 0,4% frente a 2022. O preço médio foi de R$ 2,27 por litro de leite, recuo de 1,9% quando comparado aos R$ 2,31 pagos no ano anterior.

Entre os estados, Minas Gerais lidera o ranking com 9,4 bilhões de litros de leite; seguido do Paraná com 4,5 bilhões. Em terceiro lugar ficou o Rio Grande do Sul com 4,1 bilhões; em quarto, Santa Catarina com 3,2 bilhões; e em quinto, Goiás com quase 3 bilhões.

O município de Castro (Paraná) apresentou a maior quantidade de leite produzido com 454,0 milhões de litros, alta de 6,4% em relação ao ano anterior, e R$ 1,3 bilhão no valor de produção.

Carambeí (Paraná) se manteve na segunda posição, com 269,9 milhões de litros, alta de 5,6%, e R$ 755,7 milhões e, em seguida, com 211,1 milhões de litros e R$ 513,0 milhões, veio Patos de Minas (Minas Gerais), assim como na edição anterior.



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