A rede de farmácias Raia Drogasil suspendeu a coleta da impressão digital de clientes um dia após ser notificada pelo Procon-SP. A prática era usada para cadastros em programas de relacionamento e para oferecer descontos.
Em comunicado, a empresa alegou que a identificação biométrica voluntária era usada garantir praticidade e segurança aos consumidores e estava em conformidade com a legislação, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“Entendendo que a iniciativa causou desconfortos, a RD – Raia Drogasil optou por interromper essa prática”, disse o grupo.
A empresa indicou que “as informações coletadas são utilizadas exclusivamente em benefício do próprio cliente, incluindo as promoções personalizadas em categorias relevantes para ele”.
“A Droga Raia, a Drogasil e todas as demais empresas de seu grupo econômico, não comercializam, em hipótese alguma, as informações pessoais de clientes a terceiros”, afirmou.
O Procon-SP pediu explicações sobre a política de descontos da rede de farmácias. O órgão perguntou quais dados a farmácia pede para liberar descontos e se há outros meios de obtê-los.
Além disso, o Procon-SP solicitou uma justificativa sobre a necessidade real de cadastro da impressão digital e detalhes sobre coleta, tratamento e o armazenamento das informações.
Em junho, a coleta da biometria pela Raia Drogasil já havia sido motivo de notificação extrajudicial enviada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Na ocasião, o Idec pediu mais detalhes sobre a coleta e o uso dos dados biométricos do clientes, além da interrupção de eventuais práticas que descumpram a LGPD.
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Fonte: G1