Qualidade do ar no Brasil deverá ser adequada aos padrões da OMS; diz Conama


A qualidade do ar será monitorada e terá que ser adequada à proteção da saúde da população do meio ambiente em todo o Brasil.

Conforme um calendário organizado pelo Conselho Nacional do Mio Ambiente (Conama), foi determinada cinco etapas para que o país alcance o padrão determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021.

Qualidade do ar no Brasil

Qualidade do arQualidade do ar
Resolução aprovada pelo Conama, que ainda não foi publicada, define as datas em que os padrões intermediários de emissão de poluentes serão tolerados até que o padrão de qualidade nacional seja atingido. Foto: Divulgação

Com base na última atualização feita pela OMS, no banco de dados, em 2022, 99% da população mundial respira níveis insalubres de material particulado fino e dióxido d nitrogênio, capazes de causar impactos cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórios.

Por isso em maio de 2022, motivado por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal considerou muito permissivos os padrões adotados no país, favorecendo altos níveis de contaminação atmosférica e determinou a revisão do quadro em 24 meses. Ainda foi determinado que caso não ocorresse, passariam a vigorar as diretrizes da OMS imediatamente.

Sendo assim, a resolução aprovada pelo Conama, que ainda não foi publicada, define as datas em que os padrões intermediários de emissão de poluentes serão tolerados até que o padrão de qualidade nacional seja atingido.

A primeira etapa ocorrerá até 31 de dezembro de 2024 e as três etapas seguintes estão previstas para os dias 1° de janeiro dos anos de 2025, 2033 e 2034.

Já a última etapa considera a possível antecipação ou prorrogação de até quatro anos e será determinada após a efetivação da quarta etapa.

A medição deverá quantificar substâncias como fumaça, monóxido de carbono, partículas suspensas, materiais particulados, dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, ozônio e chumbo. Para isso ficou estabelecida a unidade de medida padrão serpa micrograma por metro cúbico (µg/m³), com exceção do monóxido de carbono, que deverá ser medido por partes por milhão (ppm).

Nova resolução

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Novos padrões de qualidade do ar também contribuirão com avanços em políticas públicas com o Plano Clima. Foto: Divulgação

O MMA ainda informou por meio de nota que a nova resolução está alinhada ao que determina a Política Nacional de Qualidade do Ar, que foi estabelecida em maio deste ano.

Os novos padrões de qualidade do ar também contribuirão com avanços em políticas públicas com o Plano Clima, que guiará a política climática brasileira até 2035, o Plano de Transformação Ecológica e a Nova Indústria Brasil.

Após a publicação da resolução no Diário Oficial da União, o ministério e os órgãos ambientais estaduais e distrital terão até 18 meses para atualizar e publicar o Guia Técnico para Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar. O documento determina métodos, periodicidade e localização da coleta de amostras para consolidação dos dados que constarão em relatórios de avaliação da qualidade do ar.

Portanto, o primeiro relatório deverá ser consolidado quatro anos após o estabelecimento da etapa que define o padrão intermediário da terceira etapa do calendário estabelecido pelo Conama.

Informações extraídas da Agência Brasil. 



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