Próxima safra de grãos deve ter recuperação após perdas por clima | Agronegócios


Após fortes perdas nas lavouras por problemas climáticos, a nova safra brasileira de grãos deve se recuperar no ano agrícola 2021/22, segundo a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a Safra Grãos 2021/22.

A projeção é de um crescimento de 35,87 milhões de toneladas (+14,2%) em relação ao volume alcançado na temporada anterior, puxado por soja. Caso se confirme as previsões, a produção total deve ficar em 288,61 milhões de toneladas, atingindo um novo recorde para o agro.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (7).

Para o ciclo 2020/21, o governo estima uma colheita de 252,3 milhões de toneladas, queda de 1,8% na comparação com a safra passada, em função das perdas geradas por seca e geadas, principalmente nas lavouras de milho.

A soja continua sendo o destaque dentre as culturas para o próximo ciclo.

A oleaginosa apresenta tendência de aumento tanto de área cultivada como de produção. A área a ser semeada deve passar de 38,9 milhões de hectares para 39,91 milhões de hectares, um ligeiro acréscimo de 2,5%.

O plantio já teve início nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. As atividades seguem em ritmo mais acelerado em comparação ao mesmo período do ano passado.

A expectativa é de que a produção atinja 140,75 milhões de toneladas, mantendo o Brasil como o maior produtor mundial do grão.

Já para o milho, a tendência é de recuperação na produtividade.

Além disso, os preços elevados do cereal no mercado incentivam o cultivo pelos produtores. Apenas para a primeira safra do cereal se espera um aumento de 1,6% na área plantada, podendo chegar a 4,41 milhões de hectares.

A produtividade, neste primeiro momento, é estimada em 6.416 quilos por hectare, resultando em uma produção de 28,3 milhões de toneladas. No somatório para as três safras do produto, a Companhia espera uma produção de 116,3 milhões de toneladas.

Importantes para o consumo diário dos brasileiros, a dupla arroz e feijão, de acordo com as estimativas iniciais, apresentam produções que garantem o abastecimento no mercado interno.

A colheita deve se manter relativamente estável em torno de 11,6 milhões de toneladas.

Já a produção de feijão tende a apresentar um ligeiro crescimento de 0,8% na área a ser semeada na primeira safra. Como o produto é cultivado ao longo do ano, o volume é ajustado dentro do próprio ano safra.

A estimativa é que a produção total de feijão chegue a 2,97 milhões de toneladas, somando-se as três safras.



Fonte:G1