Programa “Sertão Vivo” destina R$ 1,75 bilhão para agricultores do Nordeste


Foi lançado nesta terça-feira (24/10) o Projeto “Sertão Vivo” que irá destinar R$ 1,75 bilhão para 430 mil famílias do Nordeste.

O projeto tem como objetivo apoiar projetos no Semiárido nordestino que promovam o aumento da resiliência da população rural.

Programa “Sertão Vivo” e os estados beneficiados

Assinatura dos contratos
A iniciativa pretende apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste que beneficiem a população rural. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O anúncio foi realizado pelo Governo Federal, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA).

Durante a solenidade, foram anunciados os quatros estados que serão inicialmente beneficiados, sendo: Bahia (R$ 299 milhões), Ceará (R$ 252 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 150 milhões) e Pernambuco com ($299 milhões).

Conforme a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, o Semiárido do Nordeste poderá ser considerado referência para a solução de desafios durante as mudanças climáticas.

“Esse projeto consegue unificar três das principais pautas e desafios que estão colocados para o Brasil: enfrentamento da pobreza, enfrentamento das mudanças climáticas e também a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis”, pontuou.

Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, alegou que o programa será um imenso campo de pesquisa para um projeto portador de futuro e que além disso, estarão beneficiando milhares de pessoas que poderão melhorar as condições de vida e permitindo um salto de qualidade histórico para o país.

A iniciativa pretende apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste que beneficiem a população rural, incluindo os agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais (povos indígenas, fundo de pasto, quilombolas etc).

Confira os principais objetivos do projeto

Agricultura
Semiárido do Nordeste poderá ser considerado referência para a solução de desafios durante as mudanças climáticas. Foto: Envato

De acordo com o Governo Federal, os principais objetivos do projeto incluem:

  • Aumento da resiliência das comunidades rurais do semiárido da região Nordeste às mudanças climáticas;
  • Adoção de tecnologias de captação, armazenamento e reuso da água;
  • Diversificação da produção agrícola, com aumento de produtividade e restauração de biomas;
  • Aumento da capacidade de resistir aos eventos de seca;
  • Redução da emissão de gases de efeito estufa.

O diretor de País do FIDA no Brasil, Claus Reiner, evidenciou ser uma honra assinar os acordos de financiamento e garantia do Projeto Sertão Vivo com a atual gestão, no qual conforme ele, foi possível colocar a luta contra a pobreza e a insegurança alimentar na política primária do Governo Federal.

“O Projeto Sertão Vivo representa um financiamento muito especial para o FIDA. É o primeiro financiamento do FIDA em nível mundial com um banco de desenvolvimento internacional, resultado de uma mudança nos estatutos do FIDA que o Brasil impulsionou”, concluiu.



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