Produtores de Araçatuba apostam no cultivo de achachairu | Nosso Campo


É uma fruta agridoce e fácil de abrir, mas você com certeza vai estranhar o nome: achachairu. É originária da Bolívia. No Brasil, ela vem sendo cultivada faz pouco tempo no nordeste e no interior de São Paulo. A família de Renata Rezek planta há quatro anos em Araçatuba (SP).

Quem conheceu a fruta foi Thales Gouvêa Fagundes, pai de Renata. Ela conta que, desde a primeira vez que ele experimentou, se apaixonou pelo sabor e decidiu começar a trabalhar com a fruta na propriedade da família, pois queria que mais pessoas conhecessem o achachairu.

Além do sabor diferenciado, a fruta também oferece uma opção de renda interessante. Thales explica que a árvore começa a produzir quatro a cinco anos após o plantio. O topo de produção dela começa a partir dos 10 anos, quando dá dois mil frutos por pé.

Na propriedade da família Rezek, são 500 pés em cinco hectares. Ele diz que trabalhar com a fruta é muito rentável.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 20/12/2020)

Produtores de Araçatuba apostam no cultivo de achachairu

Produtores de Araçatuba apostam no cultivo de achachairu

Quem vê a árvore por fora, não acredita que ela está em tempo de colheita. Isso porque os frutos ficam protegidos pela folhagem, mas, quando chegamos mais perto do interior da árvore, encontramos frutos no ponto para consumir.

Essa proteção das folhas contra o sol é muito importante, pois permite que a coloração da fruta por fora fique alaranjada, que é o ideal.

Segundo o engenheiro agrônomo Yuri José de Melo, o cultivo de achachairu tem um grande potencial comercial, pois a fruta é bem aceita por quem experimenta. Ela tem uma vida de prateleira bem longa, além de não necessitar muito de defensivos agrícolas.

O fruto fica amadurecendo o ano inteiro para chegar ao ponto de colheita perto do fim do ano. O produtor recebe cerca de R$ 20 pelo quilo.

Josiane da Silveira é uma das colhedoras de achachairu. Ela diz que é importante ter cuidado na hora de tirar o fruto do pé por conta da delicadeza da fruta.



Fonte: G1