Produtores aproveitam volta da chuva para plantar safra de soja em SP | Nosso Campo


Um tapete dourado. Para onde se olha em uma fazenda localizada no município de Itaberá (SP), que é um dos principais produtores do cereal no estado de São Paulo, há agricultores que colhem, por ano, quase 80 mil toneladas em uma área de 25 mil hectares.

Nesta safra, os produtores contavam com um aumento de 15 a 20%, mas as geadas de julho e a chuva do fim de setembro atrapalharam um pouco. Mesmo assim, a expectativa continua positiva.

Segundo a secretária de Agricultura da cidade, Francine Rodrigues de Almeida, foram quatro geadas fortes que pegaram o trigo bem no chacreamento, o que prejudicou a produtividade. “Quem plantou tardio teve mais vantagem. Da expectativa do aumento de 20%, a gente espera ainda que tenha 10% de aumento em relação ao ano passado”, diz.

Um dos produtores que optou pelo plantio tardio foi Leandro Mariano. A geada não atingiu a plantação e, por isso, ele espera colher de 70 a 80 mil sacas, mas, com as chuvas do começo de outubro, bem na época da colheita, a qualidade caiu um pouco.

Além dos grandes produtores, o trigo também é fonte de renda para a agricultura familiar. Em uma cooperativa da cidade são plantados vários grãos, mas este ano a aposta foi no trigo.

(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 24/10/2021)

Produtores aproveitam volta da chuva para plantar safra de soja em SP

Produtores aproveitam volta da chuva para plantar safra de soja em SP

Segundo o representante da cooperativa, José Aparecido Ramos, a decisão veio a partir da expectativa do mercado.

“Decidimos ampliar a área do trigo de 200 para 400 hectares este ano e acertamos. O mercado está favorável e a produção, apesar da seca e da geada, foi garantida. A maioria dos produtores nos anos anteriores não plantou trigo, deixou a área descoberta. Então, viu os outros plantando, gerando renda, também decidiram investir na área de plantio”, explica.

Ao todo, são 110 famílias na cooperativa e cada uma é responsável por 16 hectares. Os agricultores cuidam do plantio e preparo, e a cooperativa entra com os insumos, armazenamento, secagem e beneficiamento de grãos. O lucro é dividido entre os cooperados e, este ano, a previsão é de uma produtividade média de 50 sacas por hectare.

Além de aumentar a produtividade, o preço para o produtor neste ano também será melhor. Nos últimos anos, a saca era vendida a, em média, R$ 78. Agora, a expectativa é vender entre R$ 94,50 e R$ 100 a saca, dependendo da qualidade do trigo colhido.

Com números positivos, o município já olha para o futuro. “A expectativa para os próximos anos também é de aumento. Itaberá tem potencial de expandir ainda mais e a gente pretende fazer isso gradativamente ao longo dos anos”, finaliza a secretária.

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Fonte:G1