Com características rústicas, a babosa é uma planta de origem africana usada em diferentes setores da indústria, principalmente o de cosméticos, farmacêutico e alimentício. Por conta do manejo simples e da colheita que pode ser feita durante todo o ano, o cultivo é uma opção principalmente para produtores da agricultura familiar.
Assim, o cultivo atraiu o engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Londrina José Roberto Pinto de Souza, especialista em plantas medicinais, e veio a convite da aluna Ana Carla, que trabalha na produção de seu pai e faz agronomia para ajudar a tocar o negócio.
Na primeira visita à produção, o professor já conseguiu identificar os pontos que precisam de melhoria. Segundo ele, é preciso tentar amenizar a presença de plantas daninhas com prática de manejo, do plantio de babosa na formação de novas áreas para minimizar o custo de mão de obra capina.
A parceria ainda está no começo e a expectativa é que traga bons resultados. Até porque a cadeia de produção de Magno Alves, pai de Ana Carla, começou há 15 anos e já está bem desenhada. Quando a babosa é levada ao barracão de beneficiamento, o produtor é quem realiza todo o processamento.
(Vídeo: veja a reportagem exibida no programa em 11/07/2021)
Produtor investe no cultivo de babosa no interior de SP
Após a colheita, a planta passa por duas etapas de limpeza para que as impurezas possam ser retiradas. Dessa forma, as pontas são cortadas e as folhas são levadas para uma máquina que extrai todo o gel e, durante o processo, tudo é aproveitado.
Para transformar a matéria-prima em produto final com valor agregado, Alves está sempre atento às demandas do mercado e busca novidades para entregar o melhor ao consumidor. Para isso, ele investiu em tecnologia, o que permitiu que conseguisse exportar babosa para países da América do Sul.
Além disso, o produtor pretende expandir o negócio para outros continentes, mas depende da liofilização – etapa de secagem do gel -, que concentra o produto e mantém suas propriedades para facilitar a logística de envio.
A propriedade tem produtividade média de 200 toneladas por hectare. Além de atender às indústrias farmacêutica e medicinal, o produtor fornece biofertilizante à indústria agroquímica, que é usado principalmente na lavoura de grãos.
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Fonte: G1